A inadimplência de outros clubes tem sido uma das principais batalhas da gestão Bap desde que chegou à presidência do Flamengo.
Em recente reunião do Conselho Deliberativo, ainda no fim de março, o cartola revelou que havia R$ 56,2 milhões em pendências sem cobranças quando assumiu o Rubro-Negro.
Mesmo somando problemas com equipes portuguesas, o relatório apresentado indica que o maior devedor único é o Internacional, com 4 milhões de euros pendentes pela transferência de Thiago Maia.
O caso foi abordado com firmeza por José Boto, diretor de futebol do Flamengo.
“Se não pagar, tem que sofrer consequência. Como na Europa. Se o clube não lhe paga você faz uma queixa na Uefa, e eles sofrem um transfer ban. Enquanto não resolverem não podem comprar jogadores. Faz todo sentido, é a coisa mais normal. Ninguém discute isso na Europa”, disse o executivo em entrevista à Flamengo TV, ressaltando a decisão de apenas vender jogadores à vista ou então com as garantias bancárias necessárias.
“Isso foi uma ordem do presidente para os clubes brasileiros”, disse Boto. “Aqui não podemos nos queixar à Fifa diretamente. Tem um órgão intermediário da federação a quem temos que apresentar a queixa. Mas demora muito tempo. Com os clubes estrangeiros não há problema, recorremos à Fifa e eles dão o trasnfer ban. Como isso não acontece no Brasil, tivemos que impor medidas para não ficar a ver navios. Ou pagam à vista ou apresentam garantias. É um montante grande, dava para comprar um jogador”.