O Monumental de Núñez é uma das grandes forças do River Plate em qualquer competição que disputa. Normalmente lotado com 85 mil pessoas, o estádio traz um clima hostil para os visitantes e se transforma em uma fortaleza para a equipe de Buenos Aires.
Nesta terça-feira (8), porém, quando os Millonarios fazem seu primeiro jogo como mandante na CONMEBOL Libertadores deste ano, contra o Barcelona-EQU, às 21h30 (de Brasília), o estádio estará completamente vazio. E o motivo é justamente uma das grandes festas da história da torcida argentina.
Na semifinal da última edição, contra o Atlético-MG, Los Borrachos del Tablón fizeram uma dos melhores recepções recentes da competição, com muitos sinalizadores e fogos. A ação foi punida pela Conmebol com um jogo de portões fechados e também US$ 195 mil (cerca de R$ 1 milhão) por diversos motivos, sendo US$ 100 mil por conta da festa.
Os outros US$ 95 mil foram divididos por causa de outros incidentes durante o jogo: US$ 50 mil por racismo, US$ 20 mil por falhas na iluminação, US$ 10 mil por danos e US$ 15 mil pelos jogadores se recusarem a dar entrevistas após a partida, que terminou com a eliminação do River para o Galo.
Com exceção da pandemia, em que os estádios ficaram vazios ao redor do mundo por uma questão de saúde, o River Plate já atuou em três oportunidades sem público no seu estádio em Libertadores por conta de punições, todas na fase de grupos.
Em 2019, cumpriu suspensão de duas partidas pelos incidentes na final de 2018: 0 a 0 com o Palestino e 3 a 0 no Alianza Lima. Em 2020, a equipe aplicou um sonoro 8 a 0 no Binacional.
No total, contando jogos como mandante e visitante e a pandemia, o River Plate tem um retrospecto de 32 vitórias, 19 empates e 12 derrotas em jogos sem público.