Técnico do Internacional, Roger Machado garantiu que está próximo de renovar o seu contrato. E a notícia veio logo após a vitória por 3 a 0 sobre o Atlético Nacional, nesta quinta-feira (10), pela CONMEBOL Libertadores.
O atual vínculo do treinador é válido até o fim de 2025. E segundo Roger, a assinatura para a extensão do contrato deve acontecer até o final de semana.
“Está renovando, está no forno. Né, presidente? Se tudo der certo, no final da semana devo estar assinando”, disse.
Em relação ao duelo contra o time colombiano, o comandante colorado foi questionado sobre como a equipe soube aproveitar a expulsão de Hinestroza para consumar o 3 a 0. E foi categórico ao afirmar: “o seu time é bem treinado”.
“Será que é por que (o Inter) é bem treinado? Pode ser? As escolhas é para termos um equilíbrio melhor. Na saída do Carbonero eu mantive o Wesley pela direita, coloquei o Vitinho pela esquerda. Nessa diferença sutil de característica, o Wesley tem a capacidade de retenção do lado direito, maior que do Vitinho. O que está se mostrando dentro desse equilíbrio, com a presença do (Enner) Valencia na frente, eu fixar o Wesley no lado direito e ter o Carbonero e Vitinho como alternativas. Aí eu consigo ter esse equilíbrio pela busca de profundidade e o jogo mais próximo… É estratégia do jogo, sim, mas é por ter um equilíbrio maior entre o pé e o fundo, digamos assim.”
“Na verdade, o time (do Inter) foi criado em cima dessas características da força, saber entender. Ano passado, o time que teve o protagonismo no Brasil, que foi o Botafogo, é um time muito forte. Nós enfrentamos um time (Atlético Nacional) muito técnico, parecido com os times brasileiros, muito veloz, talvez parecido com o time do Botafogo, e tão organizado quanto o nosso. Então eu busquei fazer os atletas entenderem que esse era um grande desafio que nós iríamos encontrar”, prosseguiu.
Roger ainda destacou a atmosfera no Beira-Rio e ressaltou a importância dos torcedores como “combustível” durante os jogos. Do início ao fim.
“A atmosfera de Libertadores é diferente. A gente sabia que o horário de 19h é o horário que o pessoal que estava para vir para o jogo estava pedindo uns minutinhos para sair mais cedo do trabalho. O ideal seria 20h, todo mundo chegaria com relativa tranquilidade. A gente já sabia que teria um público grande, que essa energia que a gente tem visto desde a nossa chegada ela tem sido muito importante como nosso combustível. É muito importante a forma como o torcedor tem se manifestado, é Libertadores, é jogo de detalhe, vamos precisar do nosso torcedor do começo ao final do jogo”, disse.
“A gente já sinalizou para o nosso torcedor que somos um time que não vai aceitar perder de qualquer forma, para nos vencerem terão que ser muito melhores. Sempre respeitando os nossos adversários e as nossas ambições. O torcedor é peça importante disso, a cada jogo, a cada adversário, a gente gostaria de ver a casa sempre cheia, com essa conduta maravilhosa que está tendo.”
Por último, o treinador ainda elogiou Alan Patrick, o seu camisa 10, que anotou todos os três gols da vitória desta quinta.
“O Alan (Patrick) não é só um líder técnico, é um líder de fato dentro do vestiário. É líder dentro do grupo, que tem um diálogo importante com a gente da comissão técnica, é envolvido com as questões do clube. É uma liderança completa. Dentro do campo, faz um jogo que brilha os olhos de todo mundo. Mas nunca sem deixar de atender aos aspectos estratégicos e táticos. Ele usa a sua técnica a favor do coletivo, dentro da estratégia que a gente monta. Lá atrás, quando eu cheguei aqui, na entrevista com o Alan, ele me disse que estava vivendo o melhor momento da vida dele, que ele estava querendo desfrutar isso dentro de campo. Eu disse ‘eu posso te ajudar. Tenho certeza que isso vai fazer o seu nível de jogo aumentar’. Ele faz os seus companheiros jogarem, inicia a jogada, organiza, marca, corre muito. Quando a gente analisa o GPS, o Alan é sempre o segundo ou o terceiro que quando fica em campo o jogo inteiro mais se desgasta fisicamente, para fazer o que precisa ser feito coletivamente. Ele se escora no coletivo, e o coletivo no seu talento.”
Com a vitória, o Inter foi a quatro pontos e lidera o Grupo F da Libertadores, com o Bahia, com a mesma pontuação, em segundo.