Neymar vai fazer o seu primeiro jogo pelo Brasileirão desde que se despediu em 2013 rumo ao Barcelona. 12 anos depois, o craque estará defendendo o Santos contra o Fluminense, neste domingo (13), às 19h30 (de Brasília). E o ESPN.com.br relembra como era o futebol no país na época.
A despedida do craque, marcada pela entrada de um novato Gabigol em seu lugar, foi contra o Flamengo, que vivia um cenário totalmente oposto ao atual. Rico e enfileirando títulos nos últimos anos, os cariocas viviam um período de reconstrução financeira, controlando gastos, pagando dívidas e montando elenco abaixo do esperado.
Apesar de campeão da Copa do Brasil, o Flamengo quase foi rebaixado no Brasileirão após perda de pontos por escalar irregularmente André Santos na última rodada. Só não caiu por causa da polêmica do ‘Caso Heverton’.
A situação do ex-meia da Portuguesa atingiu o Flamengo e também o rival Fluminense. O Tricolor das Laranjeiras terminou as 38 rodadas entre os times que caíam para a segunda divisão, mas, assim como o Flamengo, escapou após a Lusa colocar o meia de forma irregular em campo na última rodada – a Portuguesa também perdeu pontos e acabou rebaixada.
Para fechar o futebol carioca na época, Vasco e Botafogo viviam momentos opostos. O time de São Januário vinha de duas boas temporadas, sendo campeão da Copa do Brasil em 2011, vice-campeão do Brasileirão no mesmo ano e foi até as quartas de final de 2012 na Libertadores. No entanto, foi perdendo força – e jogadores – em 2013 e acabou sofrendo o segundo rebaixamento da sua história.
Já o Botafogo, com Seedorf como a grande estrela do elenco, foi o melhor carioca no Brasileirão, terminando na quarta colocação e voltando a disputar uma Libertadores após 18 anos.
Chegando perto dos rivais do Santos, o Corinthians decepcionou naquela edição. A equipe de Tite era a atual campeã da Libertadores e do Mundial, mas acabou fracassando, terminando o Brasileirão em décimo lugar, mesmo tendo um elenco estrelado com nomes como Alexandre Pato, Guerrero, Emerson Sheik e Renato Augusto.
O São Paulo, um dos maiores vencedores do início do século e atual campeão da Sul-Americana, vivia ali o primeiro ano da ‘seca’ de grandes títulos, que só foi encerrada dez anos depois, faturando a Copa do Brasil de 2023 em cima do Flamengo.
Enquanto isso, o Palmeiras estava na segunda divisão e conseguia o acesso para a elite ao fim da temporada. Assim como o Flamengo, iniciava ali a sua reestruturação financeira após ficar mergulhado nas divididas, tendo o ano como um marco para vivenciar um período de muitas conquistas anos depois.
Em Minas Gerais, Cruzeiro e Atlético-MG eram as grandes potências do país. A Raposa iniciava o primeiro de cinco anos de conquistas nacionais. Sob a batuta de Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, vencia o primeiro de dois brasileiros seguidos, que ainda virariam em bicampeonato da Copa do Brasil em 2017 e 2018.
Já o Atlético-MG vivia o ano mais mágico de sua história. Com Ronaldinho no elenco, era o campeão da Libertadores pela primeira vez.
Se o Atlético a partir dali ganhou diversos títulos, como Recopa, Brasileirão, Copa do Brasil e Supercopa do Brasil. O Cruzeiro viu tudo desmoronar em 2019. Afundado em crise financeira, acabou sendo rebaixado pela primeira vez e passou perrengue até virar SAF – foi comprado por Ronaldo Fenômeno, subiu em 2022 e já está na segunda SAF.
No Rio Grande do Sul, momentos distintos dos rivais. Se o Grêmio foi vice-campeão do Brasileirão de 2013, o Inter fez uma campanha irregular e terminou na 13ª colocação.
E os outros times? Quem foi rebaixado?
O Brasileirão de 2013 foi marcado por surpresas na ponta da tabela. Hoje na segunda divisão, Athletico-PR fechou o ano em terceiro. Outra novidade também está na segunda divisão: o Goiás, sexto colocado. Vitória, de volta à elite em 2024, foi o quinto colocado.
Portuguesa, Vasco, Ponte Preta e Náutico foram os times rebaixados naquela edição. Coritiba e Criciúma, atualmente na Série B do Brasileirão, também estava na Série A daquele ano e fizeram campanha tranquilas.