Jean Silva critica torcida brasileira no UFC e desabafa

Após anotar seu quinto triunfo seguido no UFC, o peso pena (66 kg) Jean Silva falou abertamente sobre a sua decepção com a parte da torcida brasileira que promoveu verdadeira enxurrada de críticas à sua dificuldade em bater o peso antes de sua última luta – além de condenarem sua personalidade excêntrica.

Apesar da boa fase no octógono, o atleta, que finalizou o americano Bryce Mitchell no último sábado (12), parece se sentir desprestigiado pelos torcedores canarinhos.

De acordo com o lutador, em entrevista à reportagem da Ag. Fight, o episódio nas redes sociais teria evidenciado a falta de apoio que já o incomodava durante sua trajetória no MMA – fato que o teria levado a repensar sua relação com o público do país.

Lord” foi duro nas palavras e, em tom de desabafo, revelou que chegou a se abalar emocionalmente, tanto que deu de ombros com a possibilidade de lutar em um evento do UFC em solo brasileiro.

“Eu não sou muito fã de lutar no Brasil, sendo bem sincero. Agora, muitos dos caras me apoiam e fico feliz com isso, mas até então estava todo mundo me criticando. Vou lutar no Brasil por causa do meu povo? Que povo? Até sexta-feira (11) estava todo mundo me julgando. Que povo? Já chorei pra caramba por causa disso. O brasileiro não está nem aí para ninguém. A maioria é tudo um bando de arrombado. Essa é a real”, desabafou Jean.

Visivelmente irritado, o atleta deixou de lado a excelente fase que vive na organização – são cinco vitórias pela via rápida em cinco apresentações – para questionar a postura dos fãs. Para tal, ele citou a chamada “síndrome de vira-lata” como um dos problemas que mais o incomodam. Com base em suas próprias experiências, o catarinense afirmou que o público americano tem mais respeito e admiração por ele do que ele recebe em seu próprio país.

“Eu chego aqui nos Estados Unidos e as pessoas tiram foto comigo. Você vê o ‘Poatan’ chegando no Japão, na China, na Austrália e os caras param tudo. Você vê ele chegando no Brasil e mal tem gente esperando ele no aeroporto. O Diego Lopes tem mais é que defender o México mesmo. Eu super apoio ele. Hoje, meu fã sou eu. Quem gosta de mim, sou eu. Quem não gosta, reclama com Deus. Quem não gosta está podre por dentro. Então, eu tenho essa vontade. Brasil tem uma síndrome de vira-lata do cacete”, criticou.

Apoio aos companheiros

Uma outra comparação curiosa de Jean durante a mesma entrevista foi a análise feita da escolha de atletas como Gilbert Durinho, Alexandre Pantoja e Renato Moicano, que se mudaram para os Estados Unidos e hoje investem também na produção de conteúdo próprio para a internet. Neste ponto, inclusive, o perfil reativo da torcida brasileira também seria evidente de acordo com o peso-pena.

“Hoje tem uma galera que me apoia e eu fico feliz para caramba. Aí a gente pega esses caras que hoje moram nos Estados Unidos, e eu os entendo . A qualidade de vida aqui é melhor e os fãs apoiam eles. Se você pegar o YouTube do Moicano, ele cresce mais com hater brasileiro do que com torcedor. O Instagram do cara cresce mais com comentários de haters brasileiros do que dos fãs”, ressaltou Jean.

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