Caso Bruno Henrique: como indiciamento do atacante do Flamengo repercutiu na Europa

O indiciamento do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, ganhou as páginas da imprensa esportiva na Europa.

O jogador foi denunciado pela Polícia Federal por supostamente forçar um cartão amarelo em um jogo contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023, a fim de beneficiar apostadores.

Além do atacante, outras dez pessoas também foram indiciadas, incluindo o seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, Ludymilla Araújo Lima, esposa do irmão, e Poliana Ester Nunes Cardoso, prima do atleta, uma vez que todos realizaram apostas.

“Craque do Flamengo indiciado por forçar amarelo para beneficiar apostadores: família também envolvida”, publicou o tradicional jornal português Record, avançando ainda que “Bruno Henrique estava a ser investigado desde agosto do ano passado”.

O diário O Jogo também se debruçou sobre o tema, se referindo ao atacante como “uma das maiores figuras do Flamengo”.

Bruno Henrique e Wander foram indiciados por fraude e estelionato. Na primeira, a pena é de dois a seis anos de prisão, na segunda, de um a cinco anos de reclusão.

“Estou, neste momento, oficiando para a Polícia Federal para solicitar o compartilhamento de informações deste caso”, Luis Veríssimo, presidente do STJD.

A PF analisou 3.989 conversas no celular do atacante do Flamengo. A maior parte estava vazia ou apagada, o que pode indicar que o atleta possa ter deletado parte dos registros.

Entretanto, no aparelho de Wander há registros de diálogos que mostram o suposto envolvimento do jogador no esquema para levar o cartão contra o Santos. Uma das conversas divulgadas pelo Metrópoles e obtida pela ESPN mostrou uma troca de mensagens do dia 29 de agosto de 2023, meses antes do duelo pelo Brasileirão, disputado no dia 1° de novembro e que terminou em derrota do Flamengo por 2 a 1. Confira:

  • Wander: “O tio você está com 2 cartão no brasileiro?”

  • Bruno Henrique: “Sim”

  • Wander: “Quando (o) pessoal mandar tomar o 3 liga nós hein kkkk”

  • Bruno Henrique: “Contra o Santos”

  • Wander: “Daqui quantas semanas?”

  • Bruno Henrique: “Olha aí no Google

  • Wander: “29 de outubro”; “Será que você vai aguentar ficar até lá sem cartão kkkkkk”

  • Bruno Henrique: “Não vou reclamar”; “Só se eu entrar forte em alguém”

  • Wander: “Boua já vou guardar o dinheiro investimento com sucesso”

De acordo com a PF, na véspera da partida, Bruno Henrique ligou para Wander para confirmar que tomaria o cartão.

O irmão do jogador apostou R$ 380,86 no cartão e obteve um retorno de R$ 1.180,67. Ludymilla fez apostas em duas plataformas diferentes, com um ganho total de R$ 1.180,67 e R$ 1.425,00, respectivamente. Já Poliana, apostou R$ 380,86 e obteve o mesmo valor de retorno.

Procurada, a assessoria do jogador preferiu não se manifestar. O Flamengo, por sua vez, já se manifestou sobre o tema.

“O Flamengo não foi comunicado oficialmente por qualquer autoridade pública acerca dos fatos que vêm sendo noticiados pela imprensa sobre o atleta Bruno Henrique. O Clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa, valores que sustentam o estado democrático de direito.”

Veja o lance do cartão de Bruno Henrique contra o Santos:

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