Neste domingo (20), o Fluminense ficou no empate em 1 a 1 com o Vitória, no Maracanã, pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro, e perdeu a chance de assumir a liderança provisória da competição.
Após a partida, o técnico Renato Gaúcho fez um forte desabafo reclamando de um suposto pênalti não marcado em Jhon Arias, na segunda etapa.
“Ridículo, ridículo o lance. Vi no vestiário. No último jogo inclusive elogiei o árbitro. Gostaria de chegar aqui e, mesmo quando perco o jogo, elogiar a arbitragem. Não sei o que acontece, no jogo o árbitro até pode errar, é rápido o lance. Mas é inaceitável, não tem outra palavra. O cara está lá no VAR para isso. Com a máquina, não é possível que ele não vê aquele puxão na camisa do Arias”, disse o treinador em entrevista coletiva.
“Será que só eu vi aquele puxão na camisa do Arias? Só faltou ele tirar a camisa do Arias e levar para casa. No jogo, já era para ter dado pênalti. Já que o árbitro não viu, o VAR está aí”, prosseguiu.
O lance reclamado por Renato Gaúcho aconteceu na segunda etapa. Arias invadiu a grande área e foi agarrado pelo zagueiro Lucas Halter. A arbitragem mandou seguir e o árbitro de vídeo não recomendou a revisão.
“Na pior das hipóteses, chama o árbitro e deixa ele decidir. Mas o VAR não chamar o árbitro em um lance desse é demais para mim. Hoje, nós empatamos o jogo, e você pergunta se foi importante esse lance? Estava 1 a 0, não estou falando que 100% a gente ia fazer o 2 a 0, mas tínhamos uma grande chance”, reclamou.
“Gostaria, sinceramente, de escutar o áudio desse cara. Só para ver o que ele falou para o árbitro, porque não chamou. A gente fica todo ano discutindo, brigando, sempre vai ter um clube prejudicado e não muda. Se é uma coisa difícil, não tem mais o VAR e o cara tem que decidir na hora, o ser humano tem o direito de errar. Mas o que eu acho inaceitável é o VAR com a máquina não chamar o árbitro. Não é que seja duvidoso, que mesmo assim ele teria que chamar o árbitro. É escandaloso”.
Durante o desabafo, que durou cerca de cinco minutos, o técnico ainda comparou o VAR brasileiro com “uma Ferrari na mão do Stevie Wonder”.
“Eu não sou contra o VAR, pelo contrário, ele veio para ajudar o futebol. Mas, aparentemente, ele prejudica o futebol. Eu costumo falar o seguinte, não são todos, mas muitos que tão no VAR, a CBF dá uma Ferrari para o Stevie Wonder pilotar. Essa que é a verdade. Não é possível o cara não enxergar um negócio desse”, finalizou.