Renato Gaúcho reconheceu a superioridade do Botafogo sobre o Fluminense no clássico realizado neste sábado (26). Pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, o Fogão ganhou por 2 a 0, no Estádio Nilton Santos.
O Fluminense foi dominado pelo rival no 1º tempo e viu o lateral Vitinho abrir o placar. Depois do intervalo, o time dirigido por Renato Gaúcho melhorou, mas não conseguiu empatar e sofreu o segundo do Botafogo nos acréscimos, com Savarino.
Na entrevista coletiva, Renato Gaúcho reclamou de um pênalti não marcado em cima de Jhon Arias quando o Botafogo vencia por 1 a 0, mas reconheceu a superioridade do rival.
“A gente não fez um bom primeiro tempo, a gente praticamente assistiu o Botafogo jogar. No segundo tempo, nós melhoramos um pouquinho, mas não foi suficiente para pelo menos empatarmos o jogo ou mesmo virar. O Botafogo pelo que fez nos 90 minutos mereceu a vitória”, admitiu.
“É chover no molhado a gente falar do pênalti. Eu vejo cada lance nos outros jogos, cada pênalti… Aí vão falar “o Renato está falando do pênalti, está falando da arbitragem”. Vai da consciência de cada um falar se foi pênalti ou não. Na minha opinião foi pênalti, mas eu respeito todas as opiniões. Eu fui falar com ele, eu sou educado com todos os árbitros, ele foi educado comigo. Eu perguntei por que ele não deu pênalti e ele falou que não viu pênalti. Eu falei “por que o VAR não te chamou?”. Ele falou que a pessoa no VAR teve a mesma opinião que ele. Então o que eu vou fazer? Não adianta nadar contra a maré. Uns vão falar que foi pênalti, outros vão falar que não foi pênalti”, completou o treinador.
Essa foi a primeira derrota do Fluminense sob o comando de Renato Gaúcho. O treinador vinha de quatro vitórias e dois empates.
Críticas ao gramado sintético
Renato Gaúcho negou que o gramado sintético do Nilton Santos tenha influenciado no resultado do clássico deste sábado (26), mas não poupou críticas a esse tipo de grama.
“A grama sintética é ruim para todo mundo. Mesmo para um time que joga na grama sintética e está acostumado ela é ruim. O jogador não consegue desenvolver o futebol, qualquer jogador. Muita gente opina sobre a grama sintética. Eu acho que cada presidente tem o direito de fazer o que bem entender”, disse.
“Na minha opinião, na minha simples opinião, que joguei durante 20 anos e estou há 40 anos no futebol, é simplesmente para o clube ganhar dinheiro, para poupar dinheiro na manutenção do campo. Coloca grama sintética para fazer show, não desgasta o campo e entra dinheiro nos cofres. Dane-se o jogador, essa é que é a realidade. Eu, como ex-jogador, sou totalmente contra a grama sintética, em todos sentidos”, afirmou.
“Hoje mesmo estava falando com nosso presidente sobre isso. O clube contrata jogador por 10, 15 milhões de dólares, de euros, aí bota na grama sintética, o jogador estoura o joelho ou o tornozelo, o tendão, que é muito fácil na grama sintética, e aí de repente, por você poupar, sei lá quanto custa para fazer a manutenção por ano, estoura o jogador”, continuou.
“As pessoas que opinam sobre grama sintética é justamente por isso e porque nunca jogaram futebol. Você não pode opinar em uma coisa que nunca esteve lá dentro, mas são pessoas que têm o poder da caneta. Infelizmente é lamentável. E eu vejo cada vez mais clubes colocando grama sintética, até eles perderem, a gente torce para isso não acontecer, um jogador caríssimo por causa da grama sintética”, encerrou Renato Gaúcho.
O Fluminense volta a campo na próxima terça-feira (29), contra a Aparecidense, às 21h30 (de Brasília), no Maracanã, pela primeira mão da terceira fase da Copa do Brasil.