Fábio Carille não é mais treinador do Vasco. Após a derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro, na tarde do último domingo (27), o clube confirmou a demissão do técnico. Como a ESPN revelou, os nomes na mira para o cargo são Fernando Diniz e o ex-meia Felipe.
Segundo apurou a ESPN, a mudança no comando da equipe vinha sendo desenhada desde o começo do Campeonato Brasileiro, principalmente com as desconfianças que cresceram após as semifinais do Campeonato Carioca, contra o Flamengo.
Nem mesmo as vitórias sobre Santos e Sport amenizaram a forte pressão sobre o treinador, que vinha sendo vaiado constantemente nos jogos do Vasco em São Januário.
A partida, no entanto, que acabou incomodando mais o comando vascaíno foi o empate com o Melgar fora de casa na CONMEBOL Sul-Americana. Carille precisava vencer os jogos contra Puerto Cabello e Sport e, embora tenha conseguido os três pontos, convenceu pouco.
O treinador ganhou uma “sobrevida” pela atitude do time no empate contra o Flamengo, mas sucumbiu dois jogos depois.
Ainda segundo apurou a ESPN, o consenso entre o presidente Pedrinho, o diretor executivo Marcelo Sant’Ana e outros dirigentes era de que o futebol apresentado pelo time não correspondia ao perfil do elenco.
O treinador comandou a equipe em 21 partidas e somou nove vitórias, cinco empates e sete derrotas, aproveitamento de 50,7%. Ainda segundo apurou a reportagem, Carille e sua comissão terão direito a receber uma multa rescisória de R$ 500 mil.
“Responsabilidade é minha do trabalho que está sendo feito”, disse Pedrinho no comunicado em que anunciou a decisão pela demissão de Carille. “Continuo com as minhas convicções de sempre, sempre acreditei na questão do jogo, e aqui dentro percebemos que é diferente. Há questões anímicas a serem consideradas. Ambiente estava bom, Carille é um cara especial, comissão técnica também”.
“Pelo contexto sempre sobra para o treinador, mas responsabilidade é minha. Não é fácil trocar, mas às vezes é necessário. Foi um desligamento muito duro para mim pessoalmente, que tenho uma questão humana muito grande. Nunca vou ter coração de pedra, sou humano e trato as pessoas de forma muito cordial”.
E agora, quem assume o Vasco?
Como apurou a ESPN, Pedrinho trabalha com dois cenários para a sequência da temporada. O nome que mais agrada é o de Fernando Diniz, treinador cujo estilo, no entendimento do presidente, dialoga com o perfil do elenco do Vasco.
Por outro lado, o cartola não pretende pagar um salário que possa comprometer o orçamento cruz-maltino.
Quando dirigia o Cruzeiro seu último clube, por exemplo, Diniz tinha vencimentos na casa de R$ 1 milhão por mês, cifra que o Vasco não pretende arcar. Se houver abertura do treinador por valores menores, a conversa pode evoluir.
A efetivação de Felipe Maestro, que assumirá o cargo interinamente, também está sobre a mesa. Depois da partida contra o Cuiabá na última rodada do Brasileiro de 2024, boa parte do elenco pediu a Pedrinho que o auxiliar fosse efetivado – preocupado com as constantes críticas por “empregar amigos”, o presidente não aceitou, porém.
Fato é que o cenário hoje é visto como diferente, até por ter sido jogando com um “interino” no comando, com Rafael Paiva, que o Vasco viveu sua melhor fase em 2024. Embora sejam profissionais diferentes, a repetição de estratégia pode acontecer novamente agora.
