O momento turbulento em que passa o Santos ganhou novos contornos nesta segunda-feira (28), após torcedores organizados invadirem o Centro de Treinamento Rei Pelé para cobrar o elenco. A tensão aumentou depois da derrota por 2 a 1 para o Red Bull Bragantino, neste domingo (27), na Vila Belmiro, pelo Brasileirão.
De acordo com apuração da ESPN, mais ou menos 100 torcedores estavam na invasão e eles acessaram o local pelo portão lateral, que estava aberto. Eles passaram pelo campo da base, onde acontecia um amistoso, e se dirigiram até o gramado principal, onde estavam os jogadores profissionais. A invasão foi feita de forma tumultuada: torcedores chegaram correndo e soltando fogos de artifício, gerando apreensão entre atletas e comissão técnica.
Como o portão estava aberto, a Polícia não trata o ato como invasão. Porém, será feito um B.O. e o Ministério Público será acionado.
Apesar do susto inicial, os ânimos foram controlados após alguns minutos de tensão e ninguém ficou ferido. Ainda assim, o recado foi claro e ríspido: os organizados cobraram reação imediata e ameaçaram ações ainda mais drásticas caso o time não vença o CRB, na próxima quinta-feira, novamente na Vila Belmiro, pela Copa do Brasil.
O clima de cobrança já havia começado ainda no estádio, logo após o revés diante do Red Bull Bragantino. Torcedores entoaram cânticos ameaçadores, com frases como “ou joga por amor ou joga por terror”, deixando evidente a insatisfação com o desempenho da equipe, que acumula tropeços na competição e vê a pressão aumentar com os resultados ruins, com o time dentro da zona de rebaixamento após seis rodadas disputadas de Brasileiro.
Durante a invasão ao CT, além das cobranças diretas aos atletas, os torcedores exigiram uma reunião com a diretoria para discutir a situação do clube, que atravessa um dos momentos mais delicados de sua história.
