Os credores da dívida de quase R$ 1 bilhão do São Paulo

2024 foi um ano para o são-paulino lamentar nas finanças do clube.

A agremiação publicou seu balanço com um déficit de R$ 287,6 milhões no ano.

Foi o quinto resultado negativo do clube nos últimos seis anos. Desde 2019, o São Paulo tem um déficit acumulado de R$ 704,6 milhões.

Longe do lucro, o time do Morumbi vê a dívida disparar.

Em 2024, ela terminou em R$ 968,255 milhões, um crescimento de 45% em relação aos R$ 666,772 milhões de 2023.

Ao fim da temporada 2018, o São Paulo devia pouco mais de um quarto do que deve hoje: R$ 270 milhões.

No balanço, o clube detalha seus credores. E mostra preocupação especial com dívidas de curto prazo, como empréstimos bancários e valores devidos a outros clubes por contratações.

O São Paulo terminou 2024 devendo R$ 259,6 milhões para instituições bancárias: são quase R$ 100 milhões para o Bradesco.

O clube terminou o ano passado com R$ 34 milhões em obrigações trabalhistas, como salários, encargos e provisões trabalhistas, não pagas.

Parcelamentos de tributos atrasados também tiveram forte crescimento, passando de R$ 174 milhões em 2023 para R$ 219 milhões no ano passado.

O São Paulo encerrou a última temporada devendo R$ 91 milhões por contratações de jogadores.

Destaque para os R$ 20,8 milhões devidos ao Montevideo City pela contratação do zagueiro Ferraresi e outros R$ 14,5 milhões por Ferreirinha (R$ 8 milhões para o Grêmio e R$ 6,5 milhões para o próprio jogador).

São outros R$ 31,5 milhões devidos pelas Intermediações na venda e participações de terceiros em direitos econômicos de atletas.

O São Paulo ainda tem R$ 42,5 milhões para pagar de comissões a empresários: R$ 5,3 milhões apenas para a empresa do agente Giovani Bertolucci.

Na “lista VIP” de credores, o São Paulo conseguiu diminuir a dívida.

Em 2023, eram R$ 71,5 milhões em acordos trabalhistas e cíveis, valor que caiu para R$ 55,8 milhões no ano passado.

Mas ainda existem débitos com Daniel Alves (R$ 6,8 milhões), Rogério Ceni (R$ 300 mil) e Dorival Jr. (R$ 2,3 milhões).

Apesar do cenário ruim atual, a diretoria tricolor traça uma meta otimista para os próximos anos, com uma diminuição paulatina no endividamento, que seria de apenas R$ 65,5 milhões em 2029.

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