Cléber Xavier descarta nova parceria com Tite no Santos

Anunciado na última terça-feira (29) como novo técnico do Santos, Cléber Xavier concedeu sua primeira entrevista coletiva pelo Peixe nesta quarta-feira (30).

De cara, o treinador descartou uma possível retomada da parceria com Tite na Vila Belmiro, assegurando que não voltará a ser auxiliar e que vai mesmo seguir “carreira solo” daqui em diante.

Cléber salientou, inclusive, que Tite estava acertado recentemente para comandar o Corinthians e não tinha Xavier como um dos nomes de sua comissão, deixando claro que a dupla já não existe mais.

“Não (reataria a parceria com Tite). Minha decisão é de seguir carreira solo. Tanto que o Tite estava acertado e se apresentando no Corinthians e eu não iria com eles”, apontou.

“Todas as reuniões que o Tite teve (com o Corinthians) eu não participei, nem sabia que estava acontecendo. Nunca conversamos sobre isso”, seguiu.

“Foi uma parceria de 24 anos com ele. Pela qualidade dos trabalhos e a grandeza de onde a gente trabalhou, continuei fazendo aquela função, porque me sentia bem. A partir do momento que tomo da decisão, não tem como recuar”, argumentou.

“Felizmente, fui acolhido pela diretoria do Santos para começar o trabalho em um clube da grandeza histórica do Santos”, complementou.

Na sequência, ele explicou os motivos que o levaram a optar por iniciar carreira como treinador principal, depois de décadas de sucesso ao lado de Tite.

“Tomei a decisão de seguir carreira solo em outubro, após a saída do Flamengo. Em novembro, conversei com o Tite. Desse período de novembro até agora, a gente conversou muito pouco. Falamos na Páscoa, antes de ele ter esse problema de saúde. Recebi uma mensagem dele hoje de manhã, fiquei surpreso e feliz. Não pela mensagem, mas porque senti ele bem, com a voz. Retribui o carinho, mas não falamos diretamente”, contou.

“É inevitável que isso vá acontecer [seguir carreira solo]. Foram 24 anos de parceria, um cara que me deu toda confiança, que tenho uma relação muito forte e que me deu todo o espaço para desenvolver, junto com ele, o comando de equipes grandes e seleção brasileira”, prosseguiu.

“Mas eu não temo isso [não ter mais Tite]. Serei muito feliz se, dentro da carreira, conquistar metade dos títulos que conquistamos juntos e apresentar o futebol da maneira que apresentamos. Espero conseguir isso e me proponho a isso”, salientou.

“Nos últimos 17 anos, a gente trabalhou em quatro lugares: Inter, Corinthians, seleção brasileira e Flamengo. Se a gente conseguiu permanecer assim, é por que os trabalhos eram bons. Se eu conseguir os bons resultados, a comparação vai ser inevitável pelo lado positivo. E é isso que eu quero”, finalizou.

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