A dívida do Corinthians subiu, em média, R$ 2,26 milhões a cada um dos 365 dias de 2024.
Foi o primeiro ano da administração de Augusto Melo no clube.
Em 2023, o Corinthians devia R$ 1,639 bilhão. Com Augusto no comando, o valor subiu R$ 829 milhões, chegando aos R$ 2,468 bilhões.
O balanço do clube, que foi rejeitado pelos conselheiros e publicado na edição impressa do jornal O Estado de S. Paulo, mostra como a dívida corintiana subiu de forma tão exagerada.
Boa parte do aumento aconteceu por uma procura maior por empréstimos bancários.
O Corinthians terminou 2023 com R$ 96 milhões em “empréstimos e financiamentos a pagar”. Ao final de 2024, eram R$ 245 milhões, valor basicamente puxado pela a antecipação de R$ 147 milhões de direitos de TV através de um empréstimo concedido pela XP Investimentos.
A dívida com fornecedores também aumentou de forma substancial.
Chama atenção a parte devida para “fornecedores de futebol”. Esse valor era de R$ 54 milhões em 2023, e bateu nos R$ 176 milhões no ano passado.
As “obrigações e encargos fiscais e sociais a recolher” também dispararam, passando de R$ 111,6 milhões em 2023 para R$ 198 milhões em 2024.
Destaque negativo o imposto de renda retido na fonte dos funcionários: o valor passou de R$ 36 milhões para R$ 107 milhões.
A dívida pela contratação de jogadores quase triplicou, indo de R$ 71,7 milhões em 2023 para R$ 203,3 milhões em 2024.
O Corinthians terminou 2024 devendo R$ 34,4 milhões pela contratação de Rodrigo Garro. Outros R$ 20,9 milhões pelo acerto com Memphis Depay.
Por Félix Torres, o clube ainda devia R$ 34 milhões no final ano passado. E ainda mais R$ 24,7 milhões por Pedro Raul, que nem está mais no clube – foi para o Ceará.