Em entrevista ao site oficial da Fifa, o técnico do Botafogo, Renato Paiva, falou sobre suas expectativas para o Mundial de Clubes, que começa em junho, nos Estados Unidos.
O Fogão está no grupo B, ao lado dos poderosos PSG e Atlético de Madrid, além do Seattle Sounders, dos EUA.
Paiva salientou a dificuldade dos rivais, mas assegurou que o Glorioso viajará com o objetivo de “ganhar a competição”.
“O objetivo num clube desta dimensão é ganhar, ganhar todos os jogos, ganhar a competição. Não há outra forma de estar neste clube até porque ultimamente é um clube ganhador. Ou, melhor, recentemente é um clube ganhador com dois títulos, Série A do Brasil e Libertadores”, lembrou.
“Portanto, isso dá-nos essa responsabilidade, a história e a grandeza do clube acresce essa responsabilidade. Nós olhamos jogo a jogo, mas, obviamente, quando entrarmos no avião para voar para os Estados Unidos, o objetivo é obviamente ganhar a competição, sabendo o difícil que é e que vai ser, mas olhar sempre jogo a jogo”, seguiu.
“E, ganhando o próximo jogo, estaremos sempre mais próximos de ganhar a competição. Para além disso, orgulhar os nossos adeptos, a nossa torcida, orgulhar com aquilo que nós façamos em campo. Há características que definem aquilo que é o jogo do Botafogo e o jogador do Botafogo, disso não podemos abdicar, é isso que é orgulhar a nossa torcida”, complementou.
Sobre Paris Saint-Germain e Atleti, o português admitiu que o Botafogo “está atrás” da dupla europeia principalmente na questão do tempo de trabalho dos treinadores.
“Sim, eu acho que nós estamos com alguma desvantagem em relação a outras equipes: quer o Paris Saint-Germain com Luis Enrique, quer o Atlético de Madrid com o Diego Simeone, são equipes que já tem um treinador, uma linha de trabalho, uma linha metodológica que vem ao longo de algum tempo já”, explicou.
“Portanto, há ali um tempo de trabalho bem definido, os jogadores sabem bem o que os treinadores querem, os treinadores estão habituados ao que é o clube em si. E isso, obviamente, não nos vai ajudar, porque vamos encontrar adversários altamente preparados, não só em termos individuais como também em termos táticos, estratégicos e coletivos”, acrescentou.
“E, isso aí, eu acho que todo esse tempo que o Luis Enrique e o Diego Simeone estão nas equipes deles, para nós, não é uma vantagem, mas, como eu disse, olhas para o lado e depois tens outros pesos-pesados e, portanto, foi o que nos tocou e há que jogar esse jogo”, apontou.
Paiva ainda aproveitou para brincar que vai dar “bofetadas” em dois ex-comandados que atualmente atuam pelo PSG se eles fizerem gol no Botafogo.
Tratam-se de Gonçalo Ramos e João Neves, que trabalharam com o treinador nos tempos de Benfica.
“Tem dois que se me fizerem algum gol vão levar uma bofetada cada um, que é o Gonçalo Ramos e o João Neves no Paris Saint-Germain. E vão jogar do outro lado do campo, não é? Vai ter essa curiosidade. Já falamos, já falei com o Gonçalo sobre isso”, brincou.
“Foram os jogadores com os quais… Eu trabalhei mais com o Gonçalo do que com o João. Hoje estão no Paris Saint-Germain. Falou nos casos do Cancelo, do Rúben Dias, do Bernardo, Ederson. São jogadores que eu mantenho contato. Obviamente, tenho contato com eles”, lembrou, citando atletas que hoje estão no Al Hilal e no Manchester City.
“Vejo com muito orgulho, vejo com orgulho de que eu, enquanto treinador, tive uma porcentagem muito mínima, e eu digo sempre muito mínima porque há um trajeto que eles têm. Eu fui um treinador, dos vários treinadores que eles tiveram. Tenho ali uma porcentagem muito mínima. Mas acho que o mais importante nestes trajetos são sempre eles”, exaltou.
“Hoje estão todos num nível muito alto, seleção portuguesa, jogam a Champions. Vejo com muito orgulho, mas orgulho-me muito porque enquanto fui treinador de formação, fui sempre um treinador que nunca olhou para o título, de ganhar o Campeonato sub-17, sub-16 ou sub-15″, finalizou.