Jogar a Premier League. Vestir a camisa do Liverpool. Chegar à seleção da Inglaterra. Tudo isso turbinado por um salário apetitoso. Poucos viveram o que foi a realidade de Andy Carroll por alguns anos. Ruim, para ele, é que o mundo hoje é bem diferente.
Aos 36 anos, o gigante de 1,93m não está mais na Inglaterra, nem na primeira divisão – embora vista uma camisa tradicional. O salário, então, não chega nem perto do que era. Mas isso não parece incomodar o jogador nascido em Gateshead, pequena cidade do Reino Unido perto de Newcastle.
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“Se eu aceitei jogar no Bordeaux, obviamente não foi por dinheiro”, disparou o atacante em entrevista ao jornal francês L’Equipe.
Carroll é o nome mais conhecido do elenco do Bordeaux, time seis vezes campeão francês e que hoje, após enfrentar imensos problemas financeiros, tenta se reconstruir na quarta divisão do país. A briga pelo acesso, longe de estar garantido, é o choque de realidade de quem atua pelo time azul.
O salário também. Carroll embolsa 1.614 euros brutos por mês (equivalente a R$ 10,3 mil) no Bordeaux, muito longe dos 400 mil euros (R$ 2,57 milhões) que chegou a embolsar no auge da carreira, quando foi comprado pelo Liverpool em 2011. Na época, o time de Anfield pagou 35 milhões de libras pelo centroavante.
Os vencimentos do atacante são inferiores até ao salário mínimo na França, que paga 1.801,80 euros (R$ 11,5 mil) a quem trabalha ao menos 35 horas semanais. Isso significa que Carroll, aquele que já vivenciou a elite do futebol, está atrelado a um regime de meio período no clube.
“Aluguei uma bonita casa pequena e meu salário é menor que o aluguel”, brincou o inglês, que parece não se importar com a condição atual da carreira, que não lhe coloca nem como o maior salário do Bordeaux. Tal posto é do atacante marfinense Étienne Beugré, que fatura 10 mil euros mensais.
Revelado pelo Newcastle, Carroll vestiu também as camisas de Preston North End, Liverpool, West Ham, Reading e West Bromwich no país. Defendeu também a seleção da Inglaterra em nove partidas, marcando dois gols, um deles na Eurocopa de 2012, contra a Suécia.
Os gols ainda fazem parte da trajetória de Carroll. Na atual temporada, soma dez em 18 partidas, quantidade suficiente para embolsar um bônus de 2 mil euros (R$ 12,86 mil) em contrato. Sinal dos tempos.