A “maldição” dos brasileiros em lutas principais do UFC em 2025 ganhou mais um capítulo neste sábado, em Des Moines. Deiveson Figueiredo se tornou o sétimo representante do país a ser derrotado liderando um card no ano. E com certa tristeza extra. O ex-campeão do peso-mosca foi superado por Cory Sandhagen após sentir uma lesão no joelho no segundo round e pedir para a luta ser interrompida, encerrando o duelo por nocaute técnico a favor do norte-americano. Ele teve que sair carregado do octógono.
A derrota representa o segundo revés consecutivo do paraense na divisão dos pesos-galos (61 kg), o que dificulta ainda mais sua caminhada rumo a uma nova oportunidade de disputar o cinturão. Figueiredo, que marcou seu nome na história da organização ao conquistar o título dos moscas, buscava se firmar entre os principais nomes da nova categoria para tentar repetir o feito.
Sandhagen, atual quarto colocado no ranking, por sua vez, se consolida entre os primeiros da fila por uma chance de título. A atuação consistente diante de um ex-campeão reforça sua posição como ameaça real ao topo da divisão. Assim como seu adversário, o norte-americano também vinha de derrota e usou a vitória para retomar o caminho das vitórias.
Como foi a luta de Deiveson
Mais alto, Cory procurou impor a distância com chutes, mas o brasileiro respondeu de imediato com um golpe forte na perna. Em seguida, tentou levar o duelo para o chão, e os dois ficaram travados na grade. Na saída, o “Deus da Guerra” encaixou um bom upper e conseguiu uma queda, chegando a pegar as costas do oponente. No entanto, acabou perdendo a posição, permitindo que Sandhagen ficasse por cima e aplicasse um intenso ground and pound, com golpes pesados que deixaram o rosto do manauara sangrando e bastante castigado.
O segundo assalto começou de forma semelhante, com trocas de chutes baixos e o norte-americano castigando as pernas do ex-campeão. Nos socos, porém, foi o lutador brasileiro quem acertou o golpe mais significativo. Ele tentou nova queda, mas voltou a cometer o mesmo erro do round anterior. Ainda assim, conseguiu se levantar rapidamente. A recuperação durou pouco: Cory levou o combate novamente ao solo e, após uma tentativa do brasileiro de sair de baixo, Figueiredo sinalizou uma lesão no joelho. A interrupção veio logo na sequência, decretando o fim do confronto.
A maldição brasileira no UFC em 2025
Logo no primeiro card do ano, no dia 11 de janeiro, a mineira Amanda Ribas acabou sucumbindo contra Mackenzie Dern que, apesar de possuir dupla nacionalidade e também representar o Brasil, nasceu em Phoenix, no Arizona (EUA). Uma semana depois, no dia 18, Renato ‘Moicano’ foi finalizado pelo russo Islam Makhachev, na disputa do cinturão dos pesos-leves (70 kg).
Já em fevereiro, mais precisamente no dia 15, Gregory ‘Robocop’ acabou nocauteado no duelo de gerações contra o americano Jared Cannonier. Três semanas depois, no início de março, Alex ‘Poatan’ – brasileiro mais popular do atual plantel do UFC -, perdeu o cinturão dos meio-pesados (93 kg) após ser superado por pontos pelo wrestler do Daguestão Magomed Ankalaev.
Mais recentemente, em abril, no dia 12, Diego Lopes foi superado pelo australiano Alexander Volkanovski, em disputa que também colocou o título dos pesos-penas (66 kg) em jogo. No último sábado, em Kansas City, Carlos Prates viu sua invencibilidade no UFC chegar ao fim após perder nos pontos para o irlandês Ian Machado Garry.