Próximo destino do Flamengo na CONMEBOL Libertadores, a cidade de Santiago del Estero carrega uma rivalidade com o Rubro-Negro que vai muito além do Central Córdoba, adversário desta quarta-feira (7), em confronto decisivo, a partir das 21h30 (de Brasília).
Uma das principais lembranças remete ao ano de 2009, mais precisamente a final da Champions League das Américas, quando os argentinos impressionaram até quem rodou o mundo pelo esporte.
Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br, Rafael Bábby contou da experiência diante do Quimsa, um dos principais rivais sul-americanos do Flamengo no basquete, e que também reside na cidade do norte do país.
“A nossa chegada foi muito impactante, era um jogo decisivo, todo mundo bem concentrado, unido. A gente era uma família. Acho que foi uma das melhores energias de equipe que tive. Foi um jogo difícil, a torcida jogando objetos na nossa cabeça, cuspindo, falando palavrão, mas conseguimos superar, não nos desestabilizamos em nenhum momento”, recorda.
Com 41 pontos de Marcelinho Machado, o resultado de 98 a 96 deu ao Flamengo um título inédito no basquete, em uma saga que até Bábby, com passagens por Toronto Raptors, Utah Jazz e Minnesota Timberwolves, da NBA, e pelo Spartak St. Petersburg, da Rússia, não esquece até hoje.
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Campeão sul-americano em cidade de rival do Flamengo na Libertadores lembra ‘castelo do terror’
Rafael Bábby concedeu entrevista exclusiva ao ESPN.com.br
“Um castelo do terror. Quando eu cheguei no centro de treinamento deles (Quimsa), lembro muito que era um prédio com um mural marrom, não tinha muita estrutura, mas quando entrei vi uma quadra novinha, foi uma das coisas que mais me surpreendeu, ver a estrutura da Argentina na base. Sabia que tinha uma filosofia diferente ali”, completou.
Situada a 1.124 km de Buenos Aires, a cidade de Santiago del Estero se recoloca na rota dos principais eventos esportivos do continente. Enquanto isso, Bábby aproveita para aconselhar os jogadores que trilharão este caminho pela primeira vez, sem deixar de fazer uma confissão.
“É cansativo. Uma viagem que você gasta 12, até 15 horas. É muito psicológico. Você precisa estar muito concentrado desde a hora que você arrumou a sua mala para a viagem, já precisa se preparar. Precisa saber que não vai ser fácil. Eu fiquei chocado”, admitiu.
A torcida flamenguista espera que, anos depois e no futebol, o desfecho seja o mesmo da vitória que marcou o time de basquete. Até porque o time de Filipe Luís chega à Argentina pressionado pela própria campanha.
Com quatro pontos, o Flamengo é apenas o 3º colocado do Grupo C, atrás justamente do Central Córdoba, líder com sete, e da LDU, com cinco. Uma nova derrota, como a sofrida para os argentinos no Maracanã, pode complicar demais a chance de classificação às oitavas de final.