Ancelotti na seleção: como campeãs do mundo se saíram com estrangeiros e qual a única que nunca teve técnico ‘de fora’

Técnico estrangeiro é uma situação rotineira nas principais seleções de futebol masculino? A pergunta ganha relevância agora que o italiano Carlo Ancelotti assinou contrato para dirigir o Brasil na Copa do Mundo de 2026. E a resposta pode até surpreender.

Do grupo dos países que já foram campeões mundiais, sete dos oito tiveram ao menos um treinador de fora no comando. A única seleção que escapa da estatística é a Alemanha, tetra da Copa e que até hoje foi comandada apenas por profissionais germânicos.

Assim como o Brasil, que já havia sido dirigido por três estrangeiros antes de Ancelotti, Argentina, Espanha, França, Inglaterra, Itália e Uruguai também abriram as fronteiras de suas seleções. Quem se deu bem? Quem quebrou a cara? O ESPN.com.br mostra abaixo:

Argentina

Teve dois estrangeiros na seleção: o espanhol José Lago Millán (de 1927 a 1928) e o italiano Felipe Pascucci (1934).

O primeiro foi até campeão da Copa América de 1927, além de vice-campeão olímpico no ano seguinte, mas durou apenas 13 partidas no cargo. O segundo ficou bem menos: apenas um amistoso.

Espanha

Também tem três estrangeiros em sua história. O primeiro deles, Fred Pentland, durou apenas um jogo amistoso, em 1929.

Quarenta anos depois, o húngaro László Kubala fez um trabalho longevo, ao dirigir a Fúria entre 1969 e 1980. Tantos anos resultaram em três participações na Eurocopa (1972, 1976 e 1980) e uma em Copa (1978).

Ele foi substituído pelo uruguaio José Santamaría. Primeiro sul-americano a comandar uma seleção europeia, ele ficou de 1980 a 1982, a tempo de levar a Espanha à Copa de 1982, em casa.

França

Bem antes de ganhar a Copa pela primeira vez, em 1998, a França teve o romeno Stefan Kovacs como técnico, de 1973 a 1975. O trabalhou rendeu pouquíssimos frutos e uma grande frustração: a não classificação ao Mundial de 1974, na Alemanha. A passagem durou somente 15 jogos.

Inglaterra

É, do grupo das campeãs, a que mais ofereceu oportunidade a estrangeiros na seleção. Começou com Sven-Goran Eriksson, sueco que assumiu o English Team em 2001 e ficou até 2006.

Com ele, a Inglaterra parou sempre nas quartas de final dos torneios que disputou (Copa de 2002, Euro de 2004 e Copa de 2006), resultados aquém da expectativa para uma seleção com estrelas como David Beckham, Steven Gerrard, Frank Lampard, Wayne Rooney, Rio Ferdinand e outros.

Eriksson deu lugar a Steven McClaren, que fracassou ao sequer levar o país à Euro de 2008. O cargo então acabou nas mãos do italiano Fabio Capello, responsável por dirigir os ingleses na Copa do Mundo de 2010. A eliminação aconteceu nas oitavas, para a Alemanha.

O comando atual também é de um estrangeiro. Campeão da Champions League e do Mundial de Clubes pelo Chelsea, entre 2021 e 2022, o alemão Thomas Tuchel iniciou a passagem em janeiro deste ano e certamente dirigirá o país no Mundial de 2026.

Itália

O único estrangeiro a dirigir a Itália durou apenas cinco partidas, mas três delas em uma Copa. O húngaro Lajos Czeizler assumiu o comando em 1953, trabalhou em dois amistosos e foi direto para o Mundial do ano seguinte, em que a Azzurra caiu na fase de grupos. Desde então, apenas italianos trabalham na seleção.

Uruguai

Primeiro país a ganhar uma Copa, em 1930, o Uruguai demorou a aderir aos técnicos de fora. Quem abriu a porteira foi Daniel Passarella, grande jogador argentino e que assumiu o desafio na Celeste entre 1999 e 2001. A passagem durou pouco e não rendeu lembranças.

O próximo estrangeiro é justamente quem dirige a seleção no momento. Também argentino, Marcelo Bielsa está no cargo desde maio de 2023 e vislumbra chegar à Copa pelo terceiro país diferente. Ele já dirigiu a Argentina em 2002 e o Chile em 2010.

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