A Justiça de São Paulo rejeitou liberar R$ 14 milhões bloqueados das contas do Corinthians e enviados ao RCE (Regime de Centralização de Execuções) para quitar uma dívida com o agente André Cury, que representa, entre outros atletas, o atacante Yuri Alberto.
Em decisão publicada nesta terça-feira (20), o juiz entendeu que não tem urgência para que esses valores sejam liberados, como queria a defesa de André Cury, e deixou para depois essa análise, quando o mérito for julgado, o que já pode resolver o pedido feito pelo agente.
Em resposta imediata, Cury entrou com embargos de declaração contestando a decisão da Justiça. Além do que o efeito suspensivo solicitado pela defesa do empresário não foi analisado, apenas a tutela, que daria a antecipação do direito.
Cury e Corinthians vêm brigando na Justiça desde o ano passado. O agente tem cerca de R$ 30 milhões em comissões e outros pagamentos a receber do clube, o que motivou a abertura de diversas ações nos tribunais de São Paulo.
A defesa do agente também acusa o clube de fraude processual em contratos com a Caixa. Segundo o empresário, o Corinthians utiliza mecanismos de um acordo com a estatal para driblar credores que conseguem penhorar as contas do clube em execuções na Justiça.
O excesso de bloqueios, inclusive, foi um dos fatores que levou o Corinthians a ingressar com uma ação pela abertura de um RCE (Regime de Centralização de Execuções), para tentar parcelar o pagamento de dívidas de cerca de R$ 370 milhões.
Cury aparece entre os credores do Corinthians em lista enviada ao RCE. O agente, contudo, vem tentando derrubar o processo, e ganhou a companhia de outros agentes e advogados. O clube, em resposta, pediu que o tribunal multe Cury em 10% do valor da causa, ou R$ 37 milhões, pelo que classificou como má-fé.
O clube não comenta os processos que correm em seu nome.
