O título não veio, mas a história está escrita. Hugo Calderano foi superado por Wang Chuqin e ficou com o vice no Campeonato Mundial de tênis de mesa. A decisão, vencida pelo chinês por 4 sets a 1 aconteceu neste domingo (25), em Doha, no Qatar.

Com o resultado, o asiático n°2 do ranking mundial, “devolve” a derrota sofrida para o brasileiro na semifinal da Copa do Mundo da modalidade, em abril.

O brasileiro chegou a abrir 10/7 e ter o set-point para fechar, mas viu o chinês reagir bem no fim para virar o placar e vencer o set em 12/10.

O segundo set, no entanto, foi de um amplo domínio de Wang Chuqin, que comandou o placar e não deu chances para o brasileiro crescer e pressionar, vencendo por 10/3.

A recuperação de Calderano no terceiro set foi rápida e também com um domínio importante, sem dar chances para Wang Chuqin, fechando em 11/4.

O quarto set, no entanto, foi novamente de um chinês sólido e sem dar oportunidades para o brasileiro encostar no placar, encerrando em 11/2.

No quinto e decisivo set, Wang Chuqin soube segurar a pressão de um Calderano mais ofensivo e fechou em 11/7, encerrando a partida em 4 sets a 1 e ficando com o título mundial.

Mesmo com o vice, Calderano encerra a competição em Doha com seu nome na história do esporte. Pela primeira vez, a decisão do Campeonato Mundial contou com um atleta nascido fora de Ásia ou da Europa no torneio masculino de simples.

Número 3 do mundo, Calderano já havia assegurado uma medalha ao avançar para as semifinais. Como no Mundial de tênis de mesa não há disputa de terceiro lugar, todos os semifinalistas são premiados.

Ao avançar à final, o sonho passou a ser pelo título.

O resultado inédito vem apenas um mês depois de Calderano já ter conquistado o também histórico título da Copa do Mundo da modalidade, em abril. Ele foi o primeiro atleta não asiático ou europeu a conquistar o torneio.

A derrota de Calderano aconteceu para um rival que está justamente à frente no ranking da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF na sigla em inglês) – o líder da lista é Lin Shidong, que caiu nas quartas de final justamente diante de Wang Chuqin.

Diferente do brasileiro, o chinês já sabia o que é ser campeão de um Mundial, mas nunca em simples. Ele acumulava oito medalhas de ouro do torneio, mas todas conquistadas em duplas, equipe ou duplas mistas – modalidade que já saiu vencedor em Doha 2025.

Antes do título em Doha, o melhor resultado de Wang Chuqin em simples em Mundial havia sido o vice-campeonato de 2023, em Durban, na África do Sul.