Palmeiras x Flamengo: Auxiliar de Abel faz desabafo fortíssimo e detona VAR

Em entrevista coletiva após a derrota por 2 a 0 para o Flamengo, neste domingo (25), pelo Brasileirão, o auxiliar-técnico do Palmeiras, João Martins, fez um longo e forte desabafo contra a arbitragem brasileira e o VAR.

Martins, que esteve no comando da equipe por causa da suspensão de Abel Ferreira, criticou muito as decisões tomadas pelo juiz principal do jogo, Ramon Abatti Abel, e pelo comandante da arbitragem de vídeo, Wagner Reway.

Para o auxiliar de Abel, a dupla errou ao ignorar suposto pênalti de Alex Sandro em Vitor Roque, no primeiro tempo, e também ao marcar penalidade de Murilo em Arrascaeta, na etapa complementar.

Veja a fala completa de João Martins:

Primeiro de tudo ficar bem claro, independentemente de tudo, houve nossa ineficácia no pênalti. Depois, o que você quer que eu diga (risos)…

Tem regras para cumprir e aqui no Brasil em todas as rodadas inventam. Estamos aqui há quatro anos e meio e já sabemos. Hoje em dia o VAR é que manda no jogo. O Ramon (Abatti Abel) não consegue tomar uma decisão no jogo sem que o VAR lhe diga que ‘sim’. Nunca vi isso e não vejo isso em lado nenhum.

Antes de vir para cá, estávamos vendo a final da Taça de Portugal, o árbitro marcou um pênalti, o VAR não entrou para intervir, só checou se havia impedimento ou não. A regra do nosso pênalti é muito simples: o VAR só tem que dizer se é dentro ou é fora, se não consegue ver, tem que manter a decisão de campo. É clara a regra, não sei como gostam de inventar.

A regra é simples: o árbitro marcou pênalti em campo, o VAR tem que dizer se foi dentro ou fora. Se não consegue ver, prevalece a regra do campo. O que custa cumprir a regra? Relativo ao pênalti a seguir, sabíamos que era impossível marcar dois pênaltis contra o Flamengo, houve pênalti claro do Alex Sandro (em Vitor Roque), mas aí o Sr. Wagner (Reway) não viu. Sabíamos que não ia ver.

Temos que ser sinceros: dois pênaltis contra o Flamengo em 45 minutos é impossível no Brasil, principalmente aqui há sempre a lei do jeitinho brasileiro e da compensação. Sabíamos depois de marcar um pênalti a favor do Palmeiras, o Palmeiras teria que fazer um gol, porque depois vai ser sempre contra. Já marcou um a favor, depois é sempre contra. É assim que funciona aqui. É assim que temos que viver.

Vocês entendem que nós nos revoltamos tanto porque só queremos que as regras sejam cumpridas. E o segundo pênalti, só me resta rir, porque mais uma vez o Sr. Wagner decidiu o jogo. O Ramon mandou seguir, estava a um metro, todo mundo viu.

Futebol é jogo de contato. Se o Murilo tivesse agarrado, eu seria o primeiro a dizer: agarrou. Mas o Murilo usou o corpo dele para ganhar a posição, é simples. O Arrascaeta ataca o espaço e aí já está olhando para trás, dizendo ‘marque o pênalti’. O Ramon, a princípio, teve a coragem de mandar seguir, mas depois a pressão é tanta, a pressão externa é tanta para o VAR chamar, condicionando ao máximo com imagens paradas…

Eu sei que o pênalti foi marcado porque houve um pênalti no primeiro tempo. Só queremos que se cumpram as regras. É inacreditável como há regras aqui que cada um faz à sua maneira. Isso se chama amadorismo. Nós somos profissionais, damos nosso melhor todos os dias, a única coisa que exigimos é profissionalismo de todas as áreas.

Não pode acontecer o que aconteceu hoje. Tudo começa sem desculpas por causa da falta de eficácia que tivemos. Mas, independentemente disso, as regras têm que ser cumpridas, e hoje foi claramente um jeitinho brasileiro.


Com o resultado deste domingo, o Palmeiras para nos 22 pontos e ainda está na liderança do Brasileirão, mas vê o Flamengo encostar com 21, ficando em 2º lugar e “fungando no cangote” do rival.

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