Comissão milionária e mais: por que advogado brasileiro não sai do lado de Ancelotti

Desde que o técnico Carlo Ancelotti embarcou da Europa rumo ao Brasil, no último domingo (25), uma pessoa não para de aparecer ao seu lado em fotos e vídeos: o empresário Diego Fernandes.

Vestindo uma camisa retrô da seleção brasileira, o agente viu sua imagem circular por todo o mundo, já que ele não saiu do lado do treinador nos últimos dias.

Segundo apurou a ESPN, Fernandes tem trânsito nos bastidores da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) desde 2022, quando iniciou relacionamento com o então presidente Ednaldo Rodrigues.

Em 2025, quando Ednaldo optou por retomar as negociações iniciadas com Ancelotti em 2023, o dirigente precisava de um representante na Europa e selecionou o empresário para intermediar as conversas.

Ao longo dos meses, Fernandes foi decisivo para a CBF fechar a contratação de Carletto, o que rendeu ao agente uma comissão de 1,2 milhão de euros (R$ 7,683 milhões) em contrato.

A ESPN ainda apurou que não é por acaso também que o agente vem aparecendo seguidamente em várias fotos ao lado do novo comandante da seleção.

De acordo com fontes, Diego Fernandes contratou agências de comunicação na Europa e no Brasil para explorar sua imagem a partir da negociação com Carlo Ancelotti.

As empresas trabalharam na divulgação de fotos nos momentos de anúncio, embarque para o Brasil e desembarque no Rio de Janeiro, com tudo combinado no contrato de intermediação.

O empresário, aliás, fez constar nos documentos que a CBF sempre o citaria como intermediário e representante oficial nas conversas, e também que ele teria autorização para explorar o caso e tornar pública cada imagem ao lado de Ancelotti nos momentos chaves da negociação.

Uma curiosidade é que a Confederação, em sua nota oficial do anúncio de Ancelotti como novo treinador da seleção, não colocou o nome de Fernandes. Horas depois, a matéria foi atualizada, desta vez com uma mensagem de agradecimento ao agente.

Outro fato curioso é que o próprio Diego bancou o aluguel do avião que transportou Carletto ao Brasil, ao custo de mais de R$ 1 milhão. Por contrato, a CBF reembolsará o montante.

A ESPN apurou que o excesso de exposição do empresário causou desconforto na atual gestão da CBF, agora presidida por Samir Xaud.

A alta cúpula da Confederação, porém, entende que não há o que fazer, já que tudo está amarrado no contrato redigido ainda quando Ednaldo Rodrigues estava no comando.

Fontes da reportagem ainda salientam que, apesar do sucesso na “operação Ancelotti”, a CBF não tem intenção de seguir trabalhando com Diego Fernandes no futuro.

Perguntado sobre a exposição excessiva no caso, Diego Fernandes disse, durante a apresentação de Ancelotti na última segunda (26), que quer aproveitar sua imagem publica agora para ajudar causas sociais, ambientais e “na filantropia”.


A estreia de Ancelotti no comando da seleção será em 5 de junho, contra o Equador, no Estádio Monumental de Guayaquil, às 20h (de Brasília). A partida será válida pela 15ª rodada das eliminatórias da Copa 2026.

Já o primeiro contato com a torcida brasileira será em 10 de junho, contra o Paraguai, na Neo Química Arena, às 21h45 (de Brasília), pela 16ª rodada do qualificatório.

O Brasil é o atual colocado das eliminatórias, com 21 pontos. A Argentina, já classificada, lidera com 31, seguida de Equador (23) e Uruguai (21).

Vale lembrar que, em setembro deste ano, haverá mais uma Data Fifa para encerrar a classificação da Conmebol, com a seleção enfrentando Chile (em casa) e Bolívia (fora).

Próximos jogos da seleção brasileira

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