Profut preocupa Corinthians e deve ter mudanças que afetam Dorival Júnior

Presidente do Corinthians no lugar de Augusto Melo, Osmar Stabile revelou preocupação com uma possível exclusão do clube do Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro) por atraso em parcelas que deveriam ser pagas ao governo.

Muito em breve, contudo, o programa deve passar por mudanças. Primeiro em sua estrutura nos bastidores, depois, no próprio formato. Quem afirma é o ex-atacante Washington, o “Coração Valente”, hoje presidente da APFUT (Autoridade Pública de Governança de Futebol).

As duas siglas foram criadas pelo governo para salvar clubes em situação financeira delicada. As dívidas que as agremiações tinham com empresas estatais foram diluídas ao longo de 20 anos em parcelas mensais, dando um alívio para que as equipes cumprissem demais compromissos.

Acontece, porém, que nem todos times cumpriram. Desde 2020, o Cruzeiro está excluído do programa, por várias parcelas em atraso. Stabile revelou o mesmo temor com o Corinthians, que não honrou seus compromissos nos últimos dois meses e não pode completar um terceiro incumprimento.

“Corremos o risco de exclusão do Profut. Precisamos nos empenhar para buscar recursos. Não me pergunte como, mas vamos fazer”, disse o presidente interino, que precisa de R$ 3 milhões para pagar a parcela corintiana na totalidade.

Dentro do Profut, Caixa Econômica Federal, Banco Central, Procuradoria Geral da União e Receita Federal são credores dos clubes. Essas instituições informam à APFUT quem está sem pagar as parcelas há mais de três meses. A plenária da autoridade pública, então, decide a punição – que pode ser a exclusão do programa ou mesmo a proibição de participar de torneios.

A plenária da APFUT é composta por dez integrantes titulares e outros dez suplentes, de vários setores da sociedade, do Ministério da Fazenda a representantes de atletas, clubes, árbitros e treinadores. Curiosamente, Dorival Júnior, atual comandante do Corinthians, é o técnico titular.

Presidente da APFUT, Washington ainda não recebeu qualquer sinalização dos credores sobre a situação do Corinthians. Portanto, não existe ainda discussão sobre punição ao clube.

O plano do ex-jogador, contudo, é promover mudanças na plenária da APFUT em aproximadamente um mês. “Vou modificar tudo, colocar outros participantes”, disse o presidente.

Assim que concluir essa mudança, Washington quer levar ao Ministério da Fazenda o projeto de “um Profut atualizado”. “Fazer uma nova abertura de janelas, novo perfil de pagamento das dívidas. Clubes que foram excluídos poderão voltar, e quem estiver devendo precisará se readequar”, explicou.

A APFUT não se reúne para discutir dívidas do futebol brasileiro desde o início do atual governo Lula, com André Fufuca a frente do Ministério dos Esportes, pasta que tem o Profut sob seus cuidados.

Antes de 2023, a plenária tinha por hábito se encontrar a cada três meses. A Fazenda informava os integrantes como estava a situação de cada clube que aderiu ao programa, encontros que, hoje, acabaram – um dos motivos que fazem com que Washington busque mudanças.

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