Estêvão titular da seleção: como foram as estreias de craques do Brasil

Carlo Ancelotti fez mistério, riu ironicamente quando questionado sobre a escalação, mas os elogios na entrevista coletiva de quarta-feira (4) praticamente entregam: Estêvão tem tudo para começar como titular a partida desta quinta (5), contra o Equador, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.

Em Guayaquil, a promessa de craque do Palmeiras – que vai se transferir para o Chelsea após o Mundial de Clubes – ganhará a primeira oportunidade de começar uma partida da seleção. Com Dorival Júnior, atuou em quatro jogos, mas sempre saindo do banco de reservas. Ancelotti, no entanto, mudou a abordagem com o garoto de 18 anos.

“O Estêvão eu já conhecia. Não tinha visto pessoalmente, somente por vídeo e pela TV, mas vejo o que todos veem: que é um jogador de talento extraordinário, especial, muito jovem e que ainda tem coisas que aprender. Seu caráter e sua personalidade todos conhecem, me parece um garoto humilde, muito bom, com vontade e com personalidade. Isso me parece ótimo”, elogiou o italiano.

Se Estêvão brilhará como titular em Guayaquil, é impossível saber horas antes de a bola rolar. Mas o passado da seleção serve de exemplo para o franzino atacante. O ESPN.com.br relembra abaixo como foram os primeiros jogos como titular de dez estrelas do Brasil, desde à imbatível dupla Garrincha e Pelé, no fim dos anos 1950, até os contemporâneos Neymar e Vinicius Jr., último do país a ser eleito melhor do mundo.

Garrincha

O Anjo de Pernas Tortas fez chover quase sempre que vestiu a camisa amarela, mas a estreia foi, digamos, discreta. Já com a camisa 7 às costas, Garrincha foi titular no empate por 1 a 1 com o Chile, em 18 de setembro de 1955, pela Taça Bernardo O’Higgins, no Maracanã. O único gol canarinho foi do zagueiro Pinheiro, do Fluminense.

Pelé

A primeira partida do Rei do Futebol como titular da seleção foi em 10 de julho de 1957. Três dias depois de sair do banco e marcar o primeiro gol, contra a Argentina, no Maracanã, o craque vestiu a camisa 8 e marcou novamente, desta vez na vitória por 2 a 0 contra os hermanos, no Pacaembu.

Zico

Já dono da camisa 10 do Flamengo, Zico não teve a honraria de vestir o número mágico no primeiro jogo como titular do Brasil, em 25 de julho de 1976. Usou a 8, a mesma da estreia de Pelé, e decidiu a vitória por 2 a 1 sobre o Uruguai, no Centenario, em Montevidéu, pela Taça do Atlântico. O Galinho anotou o segundo gol, após Nelinho e Ocampo marcarem.

Romário

O Baixinho foi titular da seleção brasileira pela primeira vez em 1º de junho de 1987. Em amistoso contra Israel, na cidade de Tel-Aviv, Romário usou a camisa 9 e formou ataque com Müller. Fez dois gols na vitória por 4 a 0 e se firmou como uma das futuras estrelas do país. No ano seguinte, por exemplo, foi a estrela do time medalha de prata nas Olimpíadas de Seul.

Rivaldo

Então destaque do Corinthians, Rivaldo iniciou a trajetória na seleção em 16 de dezembro de 1993, na vitória por 1 a 0 sobre o México, em Guadalajara, em um dos últimos amistosos antes da Copa do Mundo de 1994. Foi dele, inclusive, o gol que garantiu o triunfo, embora não tenha sido suficiente para convencer Carlos Alberto Parreira a convocá-lo para a campanha do tetra.

Ronaldo

Quem ganhou a confiança de Parreira foi o Fenômeno. Ainda sem vestir a 9, mas sim a 7, Ronaldo fez o primeiro jogo como titular do Brasil em 4 de maio de 1994, no último teste antes da convocação para a Copa. O craque abriu caminho para a vitória por 3 a 0 sobre a Islândia, em Florianópols, e carimbou o passaporte para a Copa dos Estados Unidos.

Ronaldinho Gaúcho

Cinco anos depois, foi a vez de outra grande estrela jogar pela primeira vez desde o início na seleção. Ronaldinho formou ataque com o xará Ronaldo na vitória por 3 a 0 sobre a Letônia, em Curitiba, no último amistoso antes da estreia na Copa América. O primeiro gol saiu logo depois, quando R10 saiu do banco, fez bela jogada individual e coroou a goleada por 7 a 0 sobre a Venezuela.

Kaká

A mesma Islândia que viu Ronaldo nascer também assistiu outra lenda. Em 7 de março de 2002, num dos últimos amistosos antes da Copa do Mundo, Luiz Felipe Scolari deu a camisa 8 a Kaká, que atuou os 90 minutos na goleada por 6 a 1. O então jovem do São Paulo fez um dos gols e saiu com vaga garantida no elenco do pentacampeonato.

Neymar

Preterido por Dunga da Copa de 2010, Neymar iniciou a trajetória pela Amarelinha logo no jogo subsequente ao Mundial. Já com Mano Menezes, o atacante do Santos fez de cabeça o primeiro gol da vitória por 2 a 0 sobre os Estados Unidos, em Nova Jersey. Desde então, nunca mais deixou a equipe (a não ser por lesões).

Vinicius Jr.

O craque que hoje encanta o mundo pelo Real Madrid demorou quase dois anos entre a primeira convocação até a estreia como titular. Esta aconteceu em 2 de setembro de 2021, quando o atacante começou a partida contra o Chile, pelas eliminatórias da Copa. Vini usou a camisa 7 e deu lugar a Everton Ribeiro, que anotou o gol da vitória em Santiago.

Próximos jogos da seleção brasileira:

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