UFC: Vicente Luque diz que Makhachev não teria vida fácil nos meio-médios

A categoria dos meio-médios no UFC tem chamado muita atenção no mundo da luta. Com uma extensa geração de novos talentos, o próximo desafiante ao título deve ser Islam Makhachev, que vagou seu cinturão na categoria de baixo para enfrentar Jack Della Maddalena.

Vicente Luque, 14° no ranking dos meio-médios, enfrenta Kevin Holland no UFC 316, neste sábado (7). Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br, o brasileiro, há dez anos na companhia, admitiu que enxerga a nova leva de talentos com bons olhos.

“Eu acho excelente. Sempre que a gente tem novos nomes, existe movimentação na categoria, e isso vai ser bom pra todo mundo. O detalhe é eu saber me posicionar, saber aproveitar essa oportunidade, que é o que estou buscando”.

“O cinturão trocou de mão algumas vezes em muito pouco tempo. A gente tinha Leon Edwards, depois Belal (Muhammad), agora Jack Della Maddalena. Inclusive, uma coisa legal, a gente tinha visto anos de dominação dos wrestlers, e agora a gente está vendo trocadores subindo, o Ian Gary, o Carlos Prates, o Della Maddalena. A gente vai vendo essa mistura de pessoas novas, com estilos diferentes, estilos de luta que realmente trazem o olhar do fã”.

E, no meio dessa rica geração de novos talentos, o brasileiro admite não ver “injustiça” no fato que o próximo postulante ao título seja o “novato” na categoria, Makhachev, que fez carreira, até então, nos leves. Entretanto, o brasileiro faz alerta ao russo quanto às diferenças entre os pesos.

“Acho que é muito difícil falar o que é justo e o que não é justo. Eu acho que o UFC tem a forma de casar as lutas. A gente já sabe que, primeiro que tudo, tem que ser uma luta boa, uma luta que vá alavancar o evento como um todo, que os fãs vão querer ver. E eu vejo todo o sentido nessa luta”, inicia o brasileiro.

“Eu sei por que eles fariam essa luta, e por um outro lado, o Islam tem sido um grande campeão, então eu não vejo problema dele subir e disputar o cinturão. Acho que pelo lado dele, ele está fazendo uma escolha certa, num momento certo”.

“Eu acho que ele tem várias ferramentas para bater de frente contra o Jack Della Maddalena. Se eu fosse olhar só pela parte técnica, eu acho que o Islam é um cara mais experiente, tem um wrestling muito dominante. E ele já mostrou a qualidade dele. Então, acho que por esse lado eu dou pontos para o Islam”, continua Vicente.

“Agora, subir de categoria nunca é algo simples, algo fácil. Eu acho que ele é muito forte para luta agarrada, talvez ele não vá sentir dificuldade nessa parte. Eu acho que a gente bate muito mais duro que os setenta quilos. O Jack Della é um cara que bate duro, que é trocador. Isso talvez pese contra o Islam. É um cara também mais alto um pouco, talvez mais longo. São coisas que vão pesar com certeza, mas só lá dentro a gente vai conseguir ver. Eu acho que é uma luta bem difícil de prever”, alerta o brasileiro.

Apesar da existência de tantos novatos, inclusive da categoria de baixo, nos meio-médios, o veterano de dez anos de companhia ainda enxerga um caminho até o cinturão. Buscando criar uma sequência de vitórias e escalar o ranking, o ex-top 5 tem planos ambiciosos para o futuro próximo.

“O que eu vejo hoje é o momento de corrida para o título, de corrida para o topo da categoria. É o que eu tenho como objetivo para esse ano. Já fiz parte do top cinco, e esse ano eu quero voltar a fazer parte. A categoria está movimentada e é uma oportunidade de lutar pelo título em breve, talvez ano que vem”.

“E eu acho que o UFC me vê dessa forma. Apesar de ser um veterano, eu tenho 33 anos e eu ainda estou me desenvolvendo e chegando no meu auge. E eu acho que o UFC entende isso também, por isso que ele sempre vem me casando com com lutas que, dependendo de como eu performar, eu posso ser alavancado para o topo da categoria. Eu acho que essa luta agora é dessas. O Holland não é ranqueado, porém ele já foi tanto no peso médio como no meio-médio, já enfrentou grandes nomes no UFC, então acho que serve para me alavancar”.

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