16 de junho de 2000. O último jogo do Indiana Pacers diante de sua torcida em uma final da NBA está perto de completar 25 anos. Na ocasião, derrota para o Los Angeles Lakers, que fecharia a série na partida seguinte. Mas desta vez a situação foi diferente. Empurrados por uma torcida sedenta por mais uma vitória e em êxtase pelo retorno às Finais da liga, os anfitriões bateram o Oklahoma City Thunder por 116 x 107 e abriram 2 a 1 na série.
Os Pacers tiveram a defesa mais agressiva até então nestas finais. Os frequentes roubos foram fundamentais para gerar pontos fáceis que garantiram a liderança em diversos momentos da partida, além de facilitar os ataques nas situações de 5 x 5, reduzindo o número de turnovers em comparação aos outros jogos. E mais: foi Indiana que forçou os erros, especialmente com os 24 roubos e tocos combinados. Além disso, os suplentes fizeram a diferença. Foram 49 x 18 para os Pacers nos pontos dos jogadores vindos do banco na partida, muito por conta de Bennedict Mathurin, autor de 27 pontos.
Antes da partida Haliburton foi diagnosticado com um problema no pé direito. Tanto o atleta quanto a comissão técnica, porém, minimizaram a questão, chamando apenas de um “probleminha”. Em quadra a lesão não parece ter atrapalhado o astro, que flertou com um triplo-duplo.
O início de partida foi semelhante aos eventos anteriores. O Thunder não teve dificuldades em acessar o garrafão de Indiana, com destaque para os 13 pontos de Chet Holmgren no primeiro período. Do outro lado, os Pacers foram forçados a tentar arremessos de média distância, longe das zonas em que a equipe geralmente tenta. OKC logo abriu nove pontos de frente, murchando o ímpeto da torcida, que não enxergava uma reação da equipe nos primeiros minutos.
Mas com a rotação dos elencos o jogo foi outro. Com uma defesa de maior pressão, dificultando as ações no um contra um, os Pacers seguraram o ataque do Thunder e conseguiram pontuar no ataque a partir da principal estratégia do time ao longo da temporada: consecutivos cortes em direção à cesta, muitas vezes para a mesma direção, confundindo a defesa de OKC. Neste cenário os anfitriões conseguiram uma corrida de 11 x 2 e tomaram a liderança da partida pela primeira vez. O símbolo da reação foi T.J. McConnell, com três roubos na parcial e muita energia na defesa.
Mark Daigneault, técnico de Oklahoma, pediu tempo para tentar reorganizar o elenco e voltar Shai para a quadra. Os times trocaram algumas cestas, mas os Pacers seguiram na liderança por todo o período. O problema é que OKC carregou vários jogadores de Indiana com faltas, obrigando Rick Carlislie a rodar o elenco mais que o previsto.
Na volta do intervalo o Thunder conseguiu congestionar novamente o garrafão, segurando os ataques dos Pacers. Do outro lado, Jalen Williams virou a partida em menos de dois minutos, sempre com infiltrações em direção à cesta. Indiana logo pediu tempo e conseguiu equilibrar as ações e as equipes passaram a alternar a liderança. Mas OKC passou a ter sucesso atacando os jogadores de Indiana mais pendurados em falta. Assim, foram para o último período com cinco tentos de frente.
Mesmo sem Haliburton no início do período final, os Pacers mantiveram o nível defensivo e logo viraram o jogo mais uma vez. Assim como no segundo período, T.J. McConnell foi a conexão entre time e torcida, elevando os ânimos no Gainbridge Fieldhouse. Além dele, Obi Toppin manteve alta a energia, principalmente com uma sequência emendando uma rebodunk e um toco na posse seguinte, restando cerca de três minutos no cronômetro. Embalado pela torcida, Indiana manteve a energia e conseguiu segurar as tentativas de reações de OKC, enquanto seguiu pontuando no ataque. Com novos roubos e tocos que incendiaram o ginásio, os Pacers venceram com muita intensidade e abriram 2 a 1 na série: 116 x 107.
Próximos jogos:
* se necessário
Estatísticas:
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Bennedict Mathurin: 27 pontos e 4 rebotes;
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Tyrese Haliburton: 22 pontos, 9 rebotes e 11 assistências;
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Pascal Siakam: 21 pontos, 6 rebotes e 4 assistências;
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Jalen Williams: 26 pontos, 6 rebotes e 3 assistências;
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Shai Gilgeous-Alexander: 24 pontos, 8 rebotes, 4 assistências e 3 tocos;
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Chet Holmgren: 20 pontos e 10 rebotes;