Zico elege qual brasileiro mais preparado para Mundial de Clubes

A falta de conquistas nos últimos 13 anos, desde que o Corinthians derrotou o Chelsea em 2012, e a presença de mais europeus faz muitos duvidarem se é possível que um brasileiro possa ir longe no Mundial de Clubes, cuja abertura será neste sábado (14), nos Estados Unidos. Para Zico, porém, a ótica é outra.

Em entrevista exclusiva à ESPN, o maior ídolo da história do Flamengo disse não enxergar tanta diferença assim entre o futebol brasileiro e o europeu atualmente e apontou quem chega em melhores condições de fazer uma grande campanha no torneio da Fifa, que pela primeira vez reúne 32 clubes, ao estilo de uma Copa do Mundo.

“Acho que o futebol brasileiro, hoje, está num patamar semelhante. Porque hoje no Campeonato Inglês e na Champions League, estão lá de novo Real Madrid, Liverpool, Bayern de Munique. Então, o Chelsea, o Manchester City não estão legais. Flamengo e Botafogo tem que aproveitar esse momento de saber que os caras não estão com essa bola toda”, disse o Galinho.

O primeiro a estrear no Mundial será o Palmeiras, que encara o Porto no domingo (15), às 19h (de Brasília). No mesmo dia, só que às 23h, é a vez do Botafogo encarar o Seattle Sounders. O Flamengo inicia a campanha na segunda-feira (16), contra o Esperance, enquanto o Fluminense joga na terça (17), contra o Borussia Dortmund.

Dentre os quatro brasileiros que estão na disputa, Zico acredita que o mais preparado para ir longe no Mundial é justamente o Flamengo, por ter mantido o elenco, algo que Botafogo e Palmeiras não fizeram.

“O Flamengo fez contratações já no ano passado, foi ajustando o time. Esse ano, começa a fazer investimentos pontuais. Onde o Filipe Luis precisa, aqui e tal. Eu acho que o Flamengo, ao meu ver, está mais equilibrado e com mais peças de reposição”, afirmou.

“Botafogo e Palmeiras perderam muitos jogadores. Não é fácil você fazer um time campeão. Quem é que estava ali nas principais jogadas do Botafogo no ano passado? Eram Luiz Henrique e Almada. E aí favorecia para o Igor Jesus, favorecia para o Savarino. Eles não eram a referência. A referência eram os outros dois. Então, eles ficavam muitas vezes mais relaxados. Agora, eles é que são as referências”, seguiu o ídolo.

“A mesma coisa aconteceu quando o Palmeiras perdeu o Scarpa. Aí depois perde o Dudu. O Veiga passou a ser olhado: esse aqui é o cara. Ficou mais sozinho e isso é normal que aconteça nos grandes times. Os caras ganham muito e as transações acontecem”, finalizou.

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