O PSG entrará em campo pela primeira vez como campeão da Champions League neste domingo (15), às 16h (de Brasília), quando estreará no Mundial de Clubes contra o Atlético de Madrid. Além do troféu em sua galeria, o time francês ganhou muito mais com a conquista europeia.

Muitas vezes subestimado por não conseguir a glória na Europa mesmo gastando muito em reforços, o Paris Saint-Germain chega para uma nova competição com um respeito muito maior de seus adversários e uma responsabilidade aumentada.

Um dos heróis na final europeia contra a Inter de Milão, Achraf Hakimi admite que o time precisa assumir essa responsabilidade e que agora terá um tratamento diferente dos rivais.

“É uma responsabilidade bonita, temos que assumi-la, nós a merecemos. Os outros times vão nos respeitar mais depois do que fizemos esse ano. Temos que jogar da melhor maneira e mostrar isso dentro de campo”, afirmou o lateral, autor do primeiro gol na final da Liga dos Campeões.

A nova cara parisiense também é vista pelos seus rivais. Capitão do Atlético de Madrid, Koke admite que enfrentará um rival com confiança elevada, principalmente se comparado ao enfrentamento na fase de liga da Champions, quando os colchoneros saíram vencedores.

“Estão com uma confiança incrível depois de ganharem a Champions, fizeram boas contratações na janela de inverno. Mas é muito parecido na forma de jogar, um treinador com um estilo muito claro de jogo. Muito parecido (com o último duelo), mas com mais qualidade ofensiva”, avaliou.

Lendas do PSG veem time entre os melhores do mundo

O título da Champions League também coloca o time no hall de melhores do planeta. Dentro do Mundial, a equipe de Luís Enrique tem a chance de se colocar, com todos os méritos, como número 1 – pelo menos é assim que pensa Claude Makélélé, ídolo parisiense.

“(Ainda) Não é a melhor equipe do mundo, mas da Europa. Pode jogar a final para tentar ser o melhor do mundo, creio que dentro de um mês (falando da decisão do Mundial). Creio que o PSG está entre os cinco melhores do mundo, e pode ser o primeiro também, por que não?”, disse em entrevista exclusiva à ESPN.

“Falamos do Real Madrid, do Barcelona, mas o Paris está aí, a marca Paris Saint-Germain é notável. Eu não sabia que haviam tantos fãs do PSG aqui (nos Estados Unidos), fiquei surpreso. Creio que o PSG vai ser um dos grandes para o futuro”, seguiu.

“Os adversários já respeitavam. Depois de passar essa etapa de ter conquistado a Champions, batalhar com os grandes e seguir sendo regular é o mais importante para que se coloquem acima de equipes que ganharam quatro, três… falando do Real Madrid, são 15. Vai ser pouco a pouco. Vão haver muitos testes para eles”, completou.

Javier Pastore, uma das grandes estrelas do início do projeto do Qatar com o PSG, ressalta a forma como o time conquistou a Europa como mais um fator a aumentar o respeito dos rivais.

“A verdade é que todas as equipes tinham muito respeito pelo Paris Saint Germain, mas agora ter conquistado este campeonato da maneira que conquistou, eliminando três equipes inglesas, vencendo a final como a venceram, sinceramente dá muito respeito. Acho que qualquer equipe que enfrenta o Paris Saint-Germain hoje o vê com olhos diferentes” apontou em exclusiva à ESPN.

Estilo de jogo envolvente e inspirador é parte do projeto do PSG

Para muitos, ganhar a Champions League parecia o ponto mais alto do projeto do PSG. Nos bastidores, porém, o clube trata isso apenas como o início de algo muito maior.

“Eu diria que foi importante, mas não é o mais importante. Nosso objetivo não é apenas vencer uma Liga dos Campeões, mas realmente fazer parte da história do futebol. Então, neste momento, para o clube, era muito importante, mas não o mais importante. É um passo e, agora, a ambição é continuar”, disse Victoriano Melero, CEO da equipe, à ESPN.

Luís Enrique, inclusive, é tratado como peça-chave na construção desse ambicioso projeto. De acordo com Melero, o espanhol tem os valores que o PSG deseja ter, além de um estilo de jogo inspirador.

“O que ele mostrou é que os valores de um coletivo e que eu acho que a coisa mais importante, a solidariedade coletiva, são os valores-chave do clube no momento e é isso que estamos fazendo dentro e fora do campo”, avaliou.

“Acho que a tática, o jogo, todo esse espírito que foi colocado por Luis Enrique despertam a admiração de toda comunidade futebolística em todo o mundo. Então essa é realmente a marca do nosso treinador. No futuro, provavelmente inspiraremos outras equipes, mas o importante é esse jogo coletivo e essa gravura de Luis Enrique”, acrescentou.