O Benfica não teve a mesma facilidade do Bayern de Munique, mas também goleou o Auckland City por 6 a 0 em um jogo do Mundial de Clubes que teve mais de duas horas e meia de interrupção e uma briga feia entre o treinador, Bruno Lage, ex-Botafogo, e o camisa 10, Kokçu. O meio-campista não gostou de ser substituído pelo português, reclamou muito e foi “respondido” no terceiro gol.
Quando Renato Sanches, seu substituto, marcou, o técnico esbravejou em sua direção e os dois discutiram com ‘dedo na cara’, criando um clima tenso na equipe mesmo na vitória. De quebra, mais uma suspensão no torneio: o primeiro tempo começou muito depois do previsto por riscos de tempstades no Estádio Inter&Co, a quarta vez que isso acontece na competição.
A primeira chance do Benfica foi logo aos dois minutos, em um chute cruzado de Akturkoglu. Como era esperado, o time português controlou as ações inicias do jogo, mas os neozelandeses também tentavam tocar a bola de pé em pé e não ficarem fechados na zaga, tanto que, aos nove, Lagos fez uma jogada individual pela esquerda e tentou de longe, mas parou na defesa.
A posse de bola chegou a ficar em 75% para os europeus, mas sem chegadas de perigo e com a maioria das finalizações sendo de longe para testar o goleiro Garrow. A primeira grande chance foi aos 18, novamente com Akturkoglu. O atacante turco aproveitou uma bola rebatida na altura da marca de pênalti e chutou rasteiro no canto esquerdo, raspando a trave.
O Benfica perdeu uma chance incrível aos 23 minutos. Di Maria deu um passe digno de camisa 10 para o grego Pavlidis, artilheiro da equipe na temporada, encobrindo a zaga do Auckland, mas o centroavante, na frente do gol, bateu para fora. A equipe de Bruno Lage chegava com cruzamentos – e até marcaram um gol assim, mas anulado por impedimento. Depois, chegou repetidamente à meta de Garrow, que brilhou com várias defesas.
No último lance da etapa inicial, estendida por um protocolo de concussão que atrasou o reinício, Prestianni sofreu pênalti de Hariz Zeb. Di Maria cobrou com categoria, deslocando o goleiro do Auckland City e, enfim, abrindo o placar para o Benfica.
O segundo tempo foi adiado em mais de duas horas e meia por conta de ameaças de tempestade na região do Estádio Inter&Co e só foi retomada às 16h20 no horário de Brasília. Para se ter uma ideia, o início foi às 13h e a etapa inicial terminou perto das 14h.
A estrela de Pavlidis brilhou aos oito minutos do segundo tempo. O atacante recebeu passe de Kokçu, limpou a marcação na grande área e bateu com categoria no canto direito do goleiro Garrow para aumentar o placar. O terceiro saiu aos 18 minutos com muita tensão do lado do Benfica. Renato Sanches acertou um chute rasteiro de fora da área e isso desencadeou uma briga entre o treinador, Bruno Lage e Kokçu.
O camisa 10 havia sido substituído para entrada do atacante português e não gostou nada da decisão do técnico ex-Botafogo, discutindo muito com ele na saída de campo. Momentos depois, Renato Sanches marcou e Bruno Lage “respondeu” de volta, gritando com ele enquanto cobria a mão com a boca e com ambos apontando o dedo um na cara do outro.
O vice-campeão português ainda fez mais dois, ambos com Leandro Barreiro, e Di Maria fez seu segundo gol no jogo, também de pênalti, para fechar o placar em 6 a 0 e tentar espantar qualquer crise que possa se instalar com a briga em campo.
