O clima nos bastidores da Inter de Milão segue quente após a eliminação nas oitavas de final do Mundial de Clubes. Após a derrota por 2 a 0 para o Fluminense, Lautaro Martínez, capitão do time italiano, subiu o tom e detonou o que chamou de atitude inaceitável de companheiros sobre comprometimento, alegando que “quem não quiser ficar, que saia”.

A mensagem foi reforçada por Giuseppe Marotta, presidente da Internazionale, confirmando que o recado era direcionado a Hakan Calhanoglu, que é titular absoluto, mas deve estar de saída do clube nesta janela de transferências.

Após as alegações, o meia turco se manifestou em um forte desabafo nas redes sociais.

“Nunca traí este clube. Nunca disse que não estava feliz na Inter”, escreveu Calhanoglu em nota publicada no Instagram. “Respeito todas as opiniões. Até mesmo as de um companheiro de equipe, até mesmo as do presidente do clube. Mas respeito não é uma via de mão única”.

“Houve ofertas no passado, tentadoras. Mas eu fiquei. Porque, no fundo, sei o que esta camisa significa para mim e acreditei que minhas ações falaram claramente. Tive a honra de usar a braçadeira de capitão pelo meu país. E aprendi que liderança significa estar ao lado do seu time – não apontar dedos quando é mais fácil”.

Veja na integra o desabafo de Calhanoglu após ser criticado por Lautaro Martínez e presidente da Inter de Milão:

“Depois da lesão que sofri na final da Champions League, decidimos que deveria viajar com o time para os EUA. Estar lá, torcendo pelos companheiros mesmo sem poder jogar, significou muito para mim. Infelizmente, durante um treinamento nos EUA, sofri outra lesão em uma área completamente diferente. O diagnóstico: uma ruptura muscular”.

“Essa lesão me impossibilitou de estar em campo durante este torneio. Não há outro motivo. Nada mais por trás disso. Ontem, perdemos. E doeu. Senti tristeza, não apenas como jogador, mas como alguém que realmente se importa”.

“Mesmo estando lesionado no momento, peguei o telefone logo após a partida e liguei para alguns companheiros de equipe para animá-los. Porque é isso que você faz quando se importa com o seu time”.

“O que me surpreendeu ainda mais foram as palavras que vieram depois. Palavras que machucam. Palavras que dividem, não unem. Na minha carreira, nunca procurei desculpas. Sempre assumi a responsabilidade. Joguei mesmo com dor, liderei, especialmente em momentos difíceis. Não com palavras, mas com a força dos outros. Respeito todas as opiniões — até mesmo de um companheiro de equipe, até mesmo do presidente do clube. Mas respeito não é uma via de mão única”.

“Sempre demonstrei respeito dentro e fora de campo e acredito que no futebol, como na vida, a verdadeira força reside em demonstrar respeito, especialmente quando as emoções estão à flor da pele. Nunca traí este clube. Nunca disse que não estava feliz na Inter”.

“Houve ofertas no passado, tentadoras. Mas eu fiquei. Porque, no fundo, sei o que esta camisa significa para mim e acreditei que minhas ações falaram claramente. Tive a honra de usar a braçadeira de capitão pelo meu país. E aprendi que liderança significa estar ao lado do seu time – não apontar dedos quando é mais fácil”.

“Amo este jogo. Amo este clube. E amo as cores pelas quais lutei todos os dias. O que o futuro reserva agora, veremos. Mas a história sempre lembra aqueles que se mantiveram firmes, não aqueles que gritaram mais alto”.

Onde assistir ao Mundial de Clubes?

O Mundial de Clubes tem transmissão ao vivo pela CazéTV, disponível sem custo adicional no Disney+