A história de lenda do Fluminense que colocou Al Hilal no mapa

O duelo desta sexta-feira (4) entre Fluminense e Al Hilal, pelas quartas de final do Mundial de Clubes, que pode ser visto no Disney+ com transmissão ao vivo da Cazé TV e sem custo adicional, será especial para Roberto Rivellino. Eterno ídolo do Tricolor e campeão mundial com a seleção brasileira em 1970, o ex-jogador marcou época também no futebol saudita.

Em uma história que é pouco conhecida dos fãs, Rivellino vestiu a camisa do Al Hilal entre 1979 e 1981. Aos 33 anos, ele resolveu deixar o Flu, para onde havia se transferido após deixar o Corinthians, para se aventurar na Arábia Saudita, que ainda estava longe do profissionalismo.

“Era um futebol amador, estava se iniciando por lá. Na época, a gente treinava no mesmo estádio dos jogos. Tinham três times na cidade [de Riyadh] e treinávamos das 18h às 19h, o outro time das 19h às 20h e o terceiro das 20h às 21h”, disse Rivellino em entrevista à Folha de S. Paulo em 2019.

Para ser convencido a ir para o Al Hilal, o ex-meia recebeu uma proposta tentadora financeiramente, privilégio para poucos no clube naquela época, já que a maioria do elenco era formada por jogadores que não eram profissionais.

“[Os sauditas] Ganhavam presentes dos príncipes. Tinha jogador que de repente sumia”, lembrou, dizendo ainda que tinha casa e escola dos filhos pagas integralmente pelo Al Hilal, além de também receber alguns presentes conforme batia metas.

Entre os “bônus”, estavam relógios cheios de brilhantes, que Rivellino sequer tinha coragem de usar nas ruas por medo de assalto. Mas foi um outro presente que o antigo meia lembra com carinho.

“Quando a gente jogava [no Brasil], assinava contrato e comprava um Fusca. Meu sonho era ter uma Mercedes. A primeira coisa que eu pedi foi uma Mercedes, e eles deram risada. Mercedes lá era Fusquinha. Perguntaram qual eu queria e eu disse que qualquer uma. Coisa de moleque”.

Se ganhou muitos mimos para atuar na Arábia Saudita, Rivellino correspondeu dentro de campo. Ao longo de três anos, foram 23 gols em 50 jogos com a camisa azul do Al Hilal, e também algumas conquistas.

A vida dele por lá foi tão boa, que permaneceu até o fim de sua carreira. Na volta ao Brasil, em 1981, ele ainda treinou por alguns dias no São Paulo e chegou a participar de um amistoso contra a seleção da Arábia Saudita, mas não acertou com o Tricolor, preferindo a aposentadoria.

Se naquela época um craque já era bem pago na Arábia, hoje em dia esses valores são ainda mais impressionantes. O Al Hilal, que surpreendentemente eliminou o Manchester City do Mundial, tem um time recheado de estrelas, com vários jogadores que brilharam no futebol europeu nas últimas temporadas.

Para se ter uma ideia, para contratar nove dos 11 jogadores que foram titulares na última segunda-feira, o clube investiu aproximadamente R$ 2 bilhões. E cada um que participou do triunfo sobre o time de Pep Guardiola embolsou R$ 2,9 milhões de prêmios pagos pela diretoria. Imagine o quanto Rivellino não teria ganho se jogasse atualmente?

Onde assistir a Fluminense x Al Hilal?

A partida entre Fluminense e Al Hilal, pelas quartas de final do Mundial de Clubes, tem transmissão ao vivo pela CazéTV, disponível sem custo adicional no Disney+.

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