Por que sede da semi do Mundial já está na história do PSG

“As pessoas não apoiam perdedores”.

O Paris Saint-Germain vive o momento de maior destaque no futebol internacional. Na atual temporada, além de conquistar o título inédito na Champions League e as quatro taças possíveis na França, o clube ainda participa do Mundial de Clubes e faz ótima campanha, chegando à semifinal, onde enfrentará o Real Madrid na próxima quarta-feira (8), às 16h (de Brasília), no MetLife Stadium.

A ‘Big Apple’, por sinal, é uma das poucas cidades fora da França a ter uma loja física dos Parisiens – a maior dentre Las Vegas, Londres, Miami e Toronto.

Localizado na famosa 5ª Avenida de NY, o estabelecimento possui o andar térreo e o subsolo recheados de camisas, bonés e outros itens com a marca PSG. Cachecóis de diferentes países enfeitam a entrada do local, com destaque para as “embaixadas” na Ásia.

A loja em Nova York foi aberta em 2021, mas em outro endereço na mesma 5ª Avenida (algumas quadras acima, o que não atraía o interesse dos pedestres). Agora, a pouco metros das lojas oficias da NBA e da MLB, a curiosidade aumentou por quem passa por ali.

“Pensando em Nova York, o clube quer usar a essência da cidade como ícone fashion, sendo possível comprar produtos do PSG e também mesclar com desenhos inspirados na cidade”, disse o gerente da PSG Store, Terrence, há um ano no cargo.

Por causa do Mundial de Clubes, cerca de mil pessoas por dia entraram no local, segundo Terrence. No último fim de semana, aproximadamente 2,5 mil pessoas estiveram na loja. “O torneio abre os olhos para as pessoas visitarem, terem curiosidade de conhecer mais do clube”, contou o gerente.

Ele cita que há um interesse maior por parte dos norte-americanos com relação ao PSG, especialmente para quem assistiu a uma partida no Parque dos Príncipes, em Paris.

“As pessoas não apoiam perdedores. Elas vivem a experiência em jogos em Paris, e o PSG vence a maioria dos jogos lá, isso traz uma atmosfera diferente. As pessoas se identificam com isso, tem algo a ver com os esportes mais populares nos EUA. Se o time perder, mas as pessoas perceberem que os jogadores lutaram até o final, já traz um sentimento mais forte”, explicou Terrence.

As camisas na PSG Store são personalizadas na hora da compra, e na parede estão nomes de destaque como sugestão: Donnarumma, Marquinhos, Dembélé… Atualmente, porém, há outro jogador que está no topo da preferência dos mais jovens: Désiré Doué.

O atacante de 20 anos, autor de dois gols na final da Champions e um na vitória sobre o Bayern de Munique nas quartas de Mundial, brilha os olhos das crianças, e o número 14 está em alta.

Entre os adultos, Dembélé é a camisa mais pedida. Já Kylian Mbappé, agora no Real Madrid e adversário na semifinal, ainda faz sucesso entre os mais jovens.

Messi e Neymar?

Há ainda quem peça nome e número dos astros, mas o gerente afirmou que eles não produzem as camisas. Afinal, ambos estão fora da “família PSG” e não agregariam para os planos do clube: expansão continental.

“O objetivo é expandir a marca e aumentar a presença do clube fora da Europa. As operações estão no azul, mas acima disso, o principal é mais expandir a marca e menos ser rentável”, garantiu o gerente da loja.