Quem é a surpresa que tirou número 1 do mundo e busca título de Wimbledon

Quem esperava a número um do ranking da WTA, a bielorussa Aryna Sabalenka, na final do simples feminino de Wimbledon, foi surpreendido com a vitória por 2 sets a 1 da americana Amanda Anisimova nas semifinais desta quinta-feira (10). Para se ter uma ideia, o melhor desempenho dela no Grand Slam britânico havia sido as quartas de final, em 2022; três anos depois, ela pode conquistar um título histórico.

E isso pode chegar depois de, há pouco tempo, a tenista viver um ano sabático e ter colocado em dúvida a sua carreira, que começou de maneira meteórica e foi atrapalhada por questões físicas, de saúde e até familiares. Quem via o desempenho dela em Wimbledon em 2024, jamais imaginaria a performance incrível em 2025.

Isso porque, no último ano, em que ela começava sua retomada no tênis, Anisimova não venceu nenhuma partida na grama e caiu na rodada final do quali de Wimbledon, nem sequer chegando a entrar na chave principal. Agora, está na primeira final de major de sua trajetória.

Carreira essa que começou com muito sucesso na “categoria de base”, quando foi campeã do US Open juvenil de 2017. Em seus primeiros anos como profissional, chegou às semifinais do simples feminino de Roland Garros em 2019 e perdeu apenas para Ashleigh Barty, número 1 do planeta na época.

Um baque gigante a atrapalharia no ano seguinte, porém: seu pai, que também era seu treinador, faleceu de forma inesperada em 2019 por conta de um ataque cardíaco. Isso fez com que ela se retirasse do US Open de 2020. Também não pôde jogar o Australian Open de 2021 por ter testado positivo para COVID-19.

Ela voltaria a ter uma performance satisfatória justamente em Wimbledon, em 2022, quando chegou às quartas de final. Lamentavelmente, no entanto, fraturou o dedo e ficou mais tempo fora das quadras, retornando ao circuito somente em 2023, ano em que venceria somente duas partidas nos sete primeiros torneios.

Toda essa situação a obrigou a fazer uma pausa na carreira porque, segundo Anisimova, o tênis estava “insuportável”. Na época, era a nº 46 do mundo no ranking da WTA. “Foi algo necessário para me recompor de onde eu estava na minha vida e em relação à minha carreira”, disse a americana. “Era algo que eu precisava fazer por mim mesma”.

Nesse tempo sabático, passou um tempo com a família e amigos em Miami e desenvolveu a paixão por pintura, bem como participou de aulas de faculdade e foi até voluntária em um abrigo para cães. E toda essa terapia parece ter dado certo, já que ela voltou arrasadora em Wimbledon.

A trajetória no Grand Slam britânico foi longa. Começou no primeiro round de qualificação, em que bateu a cazaque Yulia Putintseva por 2 sets a 0; depois, superou a mexicana Renata Zarazúa, novamente por 2 sets a 0; bateu a húngara Dalma Gálfi por 2 sets a 1 e despachou a tcheca Linda Nosková pelo mesmo placar para avançar à chave principal.

A primeira grande vitória em Wimbledon foi nas quartas de final sobre a russa Anastasia Pavlyuchenkova por 2 sets a 0 e, então, surpreendeu o mundo do tênis com o mais recente jogo contra Sabalenka, em que foi a melhor em uma “guerra” de 3 sets muito equilibrados e triunfo por 2 a 1.

Sua adversária será outra “casca grossa”: a polonesa Iga Swiatek, que ocupou por muito tempo o posto da bielorussa como número 1 do ranking da WTA.

A grande decisão de Wimbledon será no próximo sábado (12), às 12h (de Brasília), em Londres. Swiatek busca seu sexto título de Grand Slam e o primeiro do torneio britânico, enquanto Anisimova vai atrás do troféu inédito entre os principais torneios do circuito.

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