Por que rival do Flamengo na Libertadores não joga em cidade que leva nome?

Um visitante acostumado a fazer história. Adversário do Flamengo nesta quarta-feira (9), a partir das 21h30, pela CONMEBOL Libertadores, o Central Córdoba vai ao Maracanã com uma missão ainda maior do que a busca pelos três pontos.

Em sua primeira participação no torneio continental, o clube centenário carrega um passado de luta e constante movimento, que se confundem até com sua origem e destino.

Apesar de levar o nome da cidade, o Córdoba não deu seus primeiros passos na cidade argentina. Fundado em 3 de junho de 1919 em Santiago del Estero, município com mais de 230 mil habitantes ao norte da Argentina, o clube foi criado a partir de uma vontade em comum de ferroviários da região.

Após várias reuniões, funcionários da extinta Ferrocarril Central Córdoba se uniram para fazer do futebol uma alternativa ao cotidiano intenso na companhia.

Com 1.960 km de extensão, a ferrovia partia de Buenos Aires até Córdoba e, dali, seguia para as demais cidades do norte do país, como Santiago del Estero.

Mais de um século depois, a memória daqueles trabalhadores ainda segue viva nas cores alvinegras e até na alcunha do Club Atlético Central Córdoba. À margem do rio Dulce, a 1.042 km de Buenos Aires, os ‘Ferroviários’, como são chamados, pavimentam um terreno jamais alcançado em sua história.

Novo cenário

Em março de 2021, o Córdoba inaugurou sua nova casa, dobrando a capacidade do antigo estádio Alfredo Terrera. Com 30 mil lugares, o Estádio Único Madre de las Ciudades recebeu esse nome em homenagem ao apelido da cidade de Santiago del Estero, e foi incluído na candidatura da Copa do Mundo de 2030.

Em 2025, o clube chega para sua primeira participação na Libertadores após ser campeão da Copa Argentina de 2024 com uma vitória sobre o Vélez Sarsfield por 1 a 0 na decisão.

Em um novo cenário, o time do norte da Argentina detém o terceiro melhor ataque do campeonato nacional, com 18 gols em 12 jogos, atrás apenas de Racing e Independiente. Fatores que fizeram o goleiro Agustín Rossi ligar o alerta para o rival.

“Jogo de Libertadores. Muita bola disputada, como foi na Venezuela. Vão correr muito. Eu vi que hoje eles jogaram com 11 jogadores reservas, nem o goleiro jogou. Eu, sendo argentino, não vou falar do time assim, mas os jogadores do Córdoba estrearam na Libertadores esse ano e virão jogar contra o Flamengo no Maracanã. Para eles, vai ser muito importante, por isso eu sei que vai ser um jogo muito difícil”, disse o goleiro rubro-negro após o triunfo sobre o Vitória no Brasileirão.

Em 6º lugar no Campeonato Argentino, o Córdoba não vence há quatro partidas. Na estreia da Libertadores, empatou sem gols com a LDU em casa. No último jogo, o técnico Omar de Felippe sequer os titulares na derrota por 1 a 0 para o Unión.

Próximos jogos do Flamengo:

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