O Bahia venceu o seu primeiro jogo na fase de grupos da CONMEBOL Libertadores, ao bater o Nacional no Uruguai, por 1 a 0. Com isso, o time assumiu a liderança do Grupo F da competição. E vitória foi ainda mais especial para Rogério Ceni.
O treinador, que tem uma longa história com a competição, principalmente nos tempos de jogador, onde foi campeão duas vezes com a camisa do São Paulo, se mostrou totalmente realizado com a realidade que enfrenta hoje em dia no Bahia.
“Eu sou apaixonado pelo meu trabalho, por aquilo que eu faço. Eu gosto muito, trabalho bastante, me cerco de pessoas boas para trabalharem comigo, de gente que tem experiência internacional, que pode acrescentar, que pode confrontar minhas ideias. O Bahia… As pessoas as vezes não entendem. Eu trabalho pra caramba e tenho um carinho especial porque acho que o Bahia pode fazer coisas grandes ao longo do tempo. Talvez não seja no tempo em que as pessoas… Ou talvez as pessoas achem que ‘o grupo City entrou e vai ser assim (estalar de dedos)’. E não é assim, mesmo se a gente tivesse dinheiro infinito e nós temos exemplo na Europa”, iniciou, questionando a visão que muitas pessoas têm de que o Tricolor baiano atualmente está endinheirado desde que foi comprado pelo Grupo City e, por isso, vai passar a ganhar “tudo” de uma hora para outra.
“Acho que o maior exemplo é o Paris Saint-Germain, vivendo o que está vivendo hoje, já teve de tudo e hoje não é tão badalado em questão de nomes. O Manchester City foi a mesma coisa. Nós precisamos crescer e vai levar tempo, mas enquanto a gente puder levar o nome do Bahia ao lugar mais alto, é importante. Tentar se manter entre os dois primeiros, temos quatro rodadas, os dois desafios em casa são importantíssimos, o torcedor tem que estar com a gente e esses pontos serão importantes para estarmos na próxima fase da Libertadores.”
Agora com 4 pontos, o Bahia volta à campo pela Libertadores no dia 24 de abril, uma quinta-feira, quando recebe o Atlético Nacional na Fonte Nova.
