“Gabigol é um segundo atacante”. Essa foi a frase de Leonardo Jardim, técnico do Cruzeiro, ao falar sobre o camisa 9, que não entrou em campo no empate em 1 a 1 com o São Paulo.
Só que a fala do português sobre o posicionamento de Gabigol vai de encontro ao momento de crise vivida pelo atacante no seu antigo clube, o Flamengo. Para entender melhor, o ESPN.com.br volta para o início de 2023.
Meses após ser campeão da Copa do Brasil e da CONMEBOL Libertadores de 2022 ao lado de Pedro, Gabigol vinha atuando como um segundo atacante, posição diferença da que sempre exerceu no Flamengo até aquele momento. Com as atuações ruins em 2023 e uma ferida aberta com a torcida rubro-negra, que pela primeira vez o criticou, o próprio atacante chegou para o técnico Vítor Pereira antes de uma partida contra o Fluminense e deixou claro que gostaria de voltar a ser centroavante.
“É sempre estranho ficar no banco, mas no penúltimo treino falei com o Vítor (Pereira). Falamos sobre algumas coisas, foi uma conversa clara. Eu falei que queria voltar à minha posição natural, que é centroavante. Enquanto eu pude ajudar o time na posição, um pouco mais recuado, eu ajudei. Mas com esse esquema de três zagueiros, com os times jogando mais por fora, eu optei por voltar à minha posição. E aí eu disputo com o Pedro. E ele optou pelo Pedro”.
“Nesse esquema, a gente joga com só um atacante na frente. No esquema do Dorival (em 2022), era diferente para mim, mas eram dois atacantes. Eu recuava mais. Já era um pouco desconfortável, entre aspas, mas a gente foi campeão da Copa do Brasil e da Libertadores. E eu fui importante assim como o time. Mas nesse esquema eu optei por isso e foi opção dele”, completou.
Logo após a partida contra o São Paulo, Leonardo Jardim foi questionado sobre não colocar em campo o atacante. E explicou que a característica da partida iria prejudicar Gabigol, além de citar que vê o jogador como um segundo atacante e não como centroavante.
”Sinceramente eu vou dizer uma coisa que pode até surpreender. Eu sou um grande fã do Gabriel. Ele é um finalizador nato, um jogador que eu gosto e que eu já gostava principalmente quando ele estava no Flamengo. Mas em essas características podem não ajudar muito ele. É um jogo de mais transição, de atacar mais a primeira bola”, começou por afirmar.
Ele fica mais à vontade em outro modelo, com dois atacantes. Ele é um segundo atacante de grande qualidade. Hoje a estratégia foi outra e esse foi o motivo dele ter ficado fora”, completou.
Resta saber se Gabigol vai conseguir dar a volta por cima como centroavante, posição que diz preferir, ou se vai precisar se adaptar para atuar