Com a saída de Pedro Caixinha, oficializada nesta segunda-feira (14), o Santos busca um novo técnico para dar sequência à temporada e tentar uma recuperação no Brasileirão, após um início com um empate e duas derrotas. E em meio a especulações e movimentações nos bastidores, um fator chama a atenção: vários treinadores livres no mercado têm ligação direta com Neymar, grande ídolo e que costuma utilizar a braçadeira de capitão do time.
O primeiro deles é Dorival Júnior, primeiro técnico a extrair o melhor do astro, no time mágico do Alvinegro de 2010, com Ganso, Robinho e cia. Apesar de uma briga marcante que levou à saída do treinador na época, os dois se reconciliaram anos depois. Dorival, inclusive, convocou Neymar recentemente, quando comandava a seleção brasileira, e chegou a dizer que o camisa 10 seria a peça-chave do planejamento. Com moral entre os torcedores santistas, é um nome que carrega forte identificação com a Vila Belmiro.
Último treinador a comandar Neymar pela seleção, Fernando Diniz recebeu elogios públicos do craque por sua forma de enxergar o futebol. A filosofia ofensiva e moderna casa com o DNA do Santos, e sua presença poderia animar a torcida, embora já tenha passado pelo clube e não tenha deixado saudades.
Mano Menezes foi o primeiro a convocar Neymar para a seleção principal e trabalhou com o atacante entre 2010 e 2012. Juntos, foram medalha de prata nas Olimpíadas de Londres. Mano tem larga experiência e conhece o futebol brasileiro como poucos, além de ter um perfil mais pragmático — o que pode ser visto como estabilidade num momento de reconstrução.
Técnico que mais tempo comandou Neymar na carreira, Tite esteve à frente da seleção de 2016 a 2022. Participaram juntos de duas Copas do Mundo, embora sem títulos. Apesar disso, construíram uma relação sólida. Tite está sem clube desde que deixou o Flamengo e seria uma contratação de peso, com impacto imediato dentro e fora de campo.
Responsável por lançar Neymar no time profissional em 2009, Vanderlei Luxemburgo eternizou o apelido “filé de borboleta” para o então jovem de 17 anos. Conhecedor da cultura santista e multicampeão, é um nome com história e personalidade. No entanto, o tempo afastado de bons trabalhos recentes pesa contra.
O último dos nomes é Luiz Felipe Scolari. Treinador do craque santista na Copa do Mundo de 2014 e responsável por lhe entregar a camisa 10 da seleção, Felipão também comandou a equipe na conquista da Copa das Confederações em 2013, o único título de Neymar com a seleção principal. Com perfil agregador e experiência de sobra, poderia ser visto como um nome para fortalecer o vestiário em um ano de pressão e transição.