CEO do Santos diz que demissão de Caixinha é ‘fracasso’ e esfria Sampaoli

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (15), o CEO do Santos, Pedro Martins, falou grosso e soltou uma série de frases fortes para falar sobre o atual momento do clube.

O dirigente lamentou muito a decisão da diretoria em demitir o técnico Pedro Caixinha e afirmou que a saída do português é como um “fracasso” institucional para o Peixe.

Martins também assegurou que não pensou em deixar a Vila Belmiro, mas pediu para que os jogadores “assumam responsabilidade” pelo desempenho ruim no Brasileirão.

“Não pensei em sair do clube. O clube não pode normalizar processo de saída do treinador. Se a gente achar que é normal toda hora que tiver três insucessos, tiver que trocar treinador, tem algo muito errado no clube”, iniciou.

“Por isso eu falo que (a demissão de Caixinha) é um fracasso para todos do Santos. Precisamos entender que essa demissão tem a participação de muita gente que está dentro do clube e não foi demitida”, seguiu, em tom forte.

“Esse elenco do Santos, apesar de todo o processo, é competitivo. Tem toda a competência de fazer uma grande temporada. O ponto emergencial é fazer esse time jogar da maneira que pode. Esses jogadores precisam assumir responsabilidade. Precisamos jogar melhor como equipe, hoje somos um conjunto de indivíduos”, acrescentou.

O CEO também “esfriou” o interesse no argentino Jorge Sampaoli, que iniciou na noite da última segunda-feira (14) as negociações para um possível retorno ao Santos.

Martins disse que a escolha do novo treinador será feita com calma, pensando em um nome que chegue para participar do “processo de reestruturação” do Peixe após a queda para a Série B e o retorno à elite.

“Participei do processo de saída dele [Caixinha]. Tudo foi debatido e com base no resultado tomamos a decisão de trocar o treinador. Identificamos que teve uma mudança no CT, mas nenhum treinador tem que ter a chave do clube”, explicou.

“Treinador é parte do projeto. Um clube é muito maior do que apenas a figura do treinador. Se o Santos tem interesse no futuro, o Santos tem que pensar que essa figura vem para pariticpar de um processo coletivo de reestruturação. Parte disso é verificar se ele compreende o estágio atual do Santos e ver se ele tira o máximo dessa equipe mesmo com todas as dificuldades que estamos identificando”, argumentou.

“O Santos não tem negociação avançada com ninguém e as travas são culturais. É o ‘assim sempre foi assim’. Esse foi sempre o embate. Mas, se o Santos quiser ser competitivo perante os outros clubes, vendo os outros times, olhando os investimentos, a gente precisa mudar a cultura”, pediu.

“As travas estão aí. Temos uma certa distância aos competidores. O exercício de humildade é que estamos voltando da Série B. Estamos há pouquíssimo tempo na Série A, que está mudando mais rápido do que vocês imaginam. Estamos querendo montar equipes competidoras para os próximos anos, não apenas para este ano”, finalizou.

Com a saída de Pedro Caixinha, o auxiliar-fixo César Sampaio assume o comando da equipe praiana de forma interina enquanto um novo treinador é escolhido.

O Alvinegro volta a campo já nesta quarta-feira (16), contra o Atlético-MG, na Vila Belmiro, pela 4ª rodada do Brasileirão.

Próximos jogos do Santos:

More From Author

AO VIVO: Barcelona visita Dortmund após 4 a 0 na ida e tenta confirmar vaga na semifinal da Champions

Palmeiras: Marcos Rocha tem edema e volta a ser desfalque

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *