Um dos melhores jogadores da era moderna da Premier League está à procura por um novo clube após a notícia de que o Manchester City não ofereceria um novo contrato além da temporada atual.
A notícia, é verdade, não foi tanto um choque se considerar as recentes lesões do meia e a necessidade do clube se reinventar com novos jogadores, mesmo com os números do belga, com participação em 188 gols em 279 atuações pelos Citizens.
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E agora, para onde ele irá? Existe um interesse pesado da Major League Soccer, após notícias de que o Inter Miami de Lionel Messi havia adquirido os seus direitos sobre a liga. Os times da Arábia Saudita também demonstraram interesse no passado, mas não é bom descartar uma transferência para dentro da Europa mesmo.
Para responder qual será o futuro do craque do Manchester City, a ESPN ouviu especialistas e fontes para tentar chegar a uma resposta. O resultado está abaixo:
De Bruyne estaria interessado em jogar a MLS?
Existe, sim, essa vontade. Ele assistiu a jogos da MLS no passado, sobretudo em Los Angeles, e uma mudança para os Estados Unidos parece um lugar perfeito para estar com sua família.
No entanto, seu empresário fez uma viagem recente para a Arábia Saudita e ouviu naturalmente equipes do país, que podem oferecer mais dinheiro que os dos Estados Unidos. A diferença é que o estilo de vida teria um impacto natural.
O que pesa contra times da Arábia e dos Estados Unidos é que, após uma década na Premier League, transferir-se para tais lugares parece um passo atrás. Fontes ouvidas pela ESPN disseram que De Bruyne ainda sente-se capaz de jogar em alto nível. Tanto que estava disposto a renovar contrato com o City nos mesmos moldes salariais.
“Qualquer projeto que esteja disponível, estou disposto a ouvir”, admitiu o belga, minutos após liderar a goleada do City sobre o Crystal Palace, há uma semana. “Eu amo jogar futebol e, se um projeto legal aparecer, posso tomar uma decisão com a minha família.
A Premier League não parece o cenário mais real para o futuro, mas é possível imaginá-lo em qualquer outra das grandes ligas da Europa. Talvez a Espanha, quem sabe a Itália. Se nada chegar, a expectativa é que ele priorize uma proposta dos Estados Unidos na frente da Arábia Saudita.
O que o Inter Miami pode fazer com a ‘prioridade’ por De Bruyne?
A Major League Soccer usa um sistema chamado “direito de descoberta”, em que cada clube pode adicionar cinco jogadores em sua lista. Assim, possuem exclusividade na hora de negociar com os escolhidos.
Com aval da MLS, San Diego tinha acrescentado sete jogadores na lista, entre eles De Bruyne, mas o belga foi retirado por motivos financeiros. Assim, abriu-se espaço para o Inter Miami listar a prioridade pelo meia.
Qualquer outra equipe da liga que quisesse entrar em negociação com De Bruyne precisaria, antes, negociar um acordo com o Inter Miami. Caso isso acontecesse, a franquia da Flórida teria duas opções: aceitar a oferta do clube ou fazer uma oferta ao jogador.
Dada a popularidade do meia no país e a limitação financeira do Inter Miami, que já tem os pomposos salários de Lionel Messi e Luis Suárez para bancar, uma fonte disse à ESPN que parece mais provável que o clube queria fazer dinheiro em vez de ter o camisa 17.
De Bruyne cabe na folha salarial do Inter Miami?
A resposta é sim, mas parece complicado. De momento, ele não poderia ser registrado como um “jogador designado”, daqueles que possuem salários acima do limite imposto pela liga.
O Inter Miami, vale lembrar, já tem três nessa categoria: Jordi Alba, Sergio Busquets e Lionel Messi. É possível converter atletas assim em jogadores dentro da faixa salarial, mas há um limite para isso.
Ou seja, significa dizer que ir ao Inter Miami obrigaria De Bruyne a assinar um contrato que lhe pagaria US$ 871,8 mil (R$ 5,05 milhões) pelo restante do ano. Esse acordo poderia render mais dinheiro nos próximos anos? Até que sim, mas não é um dinheiro garantido para o meia. Ele correria esse risco?
Aconteceu algo parecido com Zlatan Ibrahimovic, quando acertou com LA Galaxy em 2018. Ele inicialmente assinou dois anos de contrato por um salário abaixo do limite, para depois firmar um vínculo de US$ 7,2 milhões em 2019. Os rivais reclamaram, mas em vão. Fato é que, uma temporada depois, o Galaxy negociou Giovani dos Santos.
O Inter Miami encararia um problema semelhante, embora Alba, Busquets, Messi e Suárez fiquem todos sem contrato após 2025.
Se não for o Miami, que outro time da MLS pode contratá-lo?
Na quarta-feira (16), o jornalista Fabrizio Romano publicou que o Chicago Fire apareceu como um possível destino. Antes, o site The Athletic indicou que DC United e New York City FC também expressaram interesse.
Apesar da negativa de um porta-voz do Fire, faz muito sentido pensar em De Bruyne em Chicago. No momento, a franquia tem dois jogadores designados: Hugo Cuypers e Jonathan Bamba, o que faria do belga o terceiro da lista.
Financeiramente também faz sentido. Em um passado recente, até mesmo Neymar foi colocado como possibilidade para o clube. Quem pode pagar o brasileiro, não deve encontrar problemas para atender os desejos financeiros do atual meia do City.
Se não for a MLS, qual seria o destino?
Tudo depende se De Bruyne quer dar um passo atrás ou não.
Apesar das lesões recentes nas últimas temporadas, ele tem 33 anos e pode pensar que o interesse de MLS e Arábia Saudita ainda estarão por aqui daqui um tempo. Isso lhe daria tempo para fazer uma última tentativa na Europa.
Mas para onde? É improvável que ele atraia interesse de equipes da Inglaterra, ainda mais com salários na caixa de 400 mil libras por semana.
É possível imaginá-lo na lista de pretensões de um clube como o Barcelona, mas a dura situação financeira atrapalha. Clubes da Itália já fizeram movimentos semelhantes, como o Milan com o lateral Kyle Walker, seu antigo companheiro de City.
De Bruyne também pode voltar às origens e assinar com o Genk, da Bélgica, onde começou a carreira e por quem nutre um sentimento de carinho e gratidão.
Se o desejo for mesmo ficar na Europa, a tendência é que suas opções sejam limitadas, mesmo se ele for forçado a diminuir a pretensão salarial. O cenário mais provável é uma ida para Estados Unidos e Arábia Saudita.