Em uma final simplesmente alucinante, o Barcelona venceu o Real Madrid por 3 a 2, neste sábado (26), no estádio La Cartuja, em Sevilha, e se consagrou campeão da Copa do Rei!
A partida foi fantástica, com o clássico terminando empatado por 2 a 2 no tempo regulamentar e indo para a prorrogação.
Os gols foram de Pedri e Ferran Torres, para os blaugranas, e Mbappé e Tchouaméni, para os merengues.
No tempo extra, a partida se encaminhava para os pênaltis quando o Madrid cometeu um erro fatal na saída de bola e permitiu ao lateral Koundé fazer o gol da vitória – e do título.
Esse é o 33º título do Barça na Copa do Rei. O clube catalão é quem mais possui taças do certame.
Na temporada 2024/25, os comandados de Hansi Flick também foram campeões da Supercopa da Espanha – e em cima dos próprios merengues.
Vale lembrar que o Barça ainda pode colocar mais taças no armário na temporada, já que é o líder de LALIGA e está na semifinal da Champions League.
Ao Real Madrid, por outro lado, resta tentar “roubar” o Campeonato Espanhol dos culés, já que a equipe de Carlo Ancelotti foi eliminada da Liga dos Campeões.
O jogo
1º tempo de domínio blaugana
Em campo, a partida começou com o Real bastante nervoso, errando passes e permitindo chegadas rápidas do Barcelona pelas pontas.
Nos primeiros 15 minutos, os culés geraram duas boas oportunidades em lances pelos lados com Lamine Yamal e Raphinha, mas a zaga merengue conseguiu salvar.
O Barça seguiu em cima, e Lamine ficou a centímetros de marcar aos 19: ele bateu rasteiro de fora da área e viu a bola roçar a trave adversária.
A pressão só aumentava, e Koundé obrigou Courtois a fazer uma defesaça aos 21 após acertar bonita cabeçada em cruzamento de Raphinha.
Estava claro que o gol barcelonista era questão de tempo, e ele veio aos 29: Yamal rolou para a meia-lua e Pedri chegou acertando um chute maravilhoso na gaveta merengue.
GOLAÇO!!!
Depois disso, o Real tentou colocar a cabeça no lugar e até melhorou um pouco, mas seguiu sem se encontrar.
Em uma das raras chegadas dos blancos ao ataque, Bellingham até chegou a balançar as redes e empatar. No entanto, o lance foi anulado por impedimento claríssimo.
No último grande momento da etapa inicial, o árbitro Ricardo de Burgos Bengoetxea chegou a marcar um pênalti em cima de Vinicius Jr. aos 47 minutos.
Porém, a penalidade acabou anulada porque o brasileiro estava impedido na origem do lance ao receber lançamento antes de arrancar para a área.
O domínio culé, porém, ficou evidente nos números: 63,4% de posse de bola e 9 finalizações (4 certas), contra apenas 1 chute do adversário.
Mbappé muda o jogo no 2º tempo
Após o intervalo, Carlo Ancelotti mexeu de imediato no Madrid: saiu Rodrygo e entrou Mbappé para tentar ampliar o poderio ofensivo dos blancos.
No entanto, quem começou atacando foi o Barcelona: aos 3, Raphinha soltou um foguete de fora da área e testou Courtois, que agarrou sem dar rebote.
O Real respondeu na sequência: Vinicius Jr. invadiu a área e finalizou duas vezes, fazendo Szczesny trabalhar pela primeira vez no jogo com boas defesas.
O lance animou os merengues, que tiveram outra boa oportunidade com Mbappé pouco depois: ele pedalou para cima de Cubarsí na área e chutou em cima de Szczesny.
Ancelotti, então, resolveu ir para o all in: sacou Ceballos e Lucas Vázquez e colocou Arda Güler e Modric, mandando Valverde para a lateral-direita.
A pressão madrileña ficou ainda maior, e o time da capital passou a criar diversas oportunidades claras de empatar. A zaga do Barça, por sua vez, se segurava como podia.
Aos 24 minutos, porém, os blaugranas nada puderam fazer: em cobrança de falta, Mbappé soltou um foguete cheio de curva, a bola foi no pé da trave e morreu no fundo das redes.
Urro da torcida do Madrid na arquibancada, placar empatado e muita emoção em campo!
O Real foi para cima com tudo, e a virada quase veio aos 28: Vini Jr. arrancou pela esquerda, invadiu a área e tentou o toque para Mbappé completar, mas a zaga salvou.
E, assim como na hora do domínio do Barcelona no 1º tempo, estava claro que a virada do Madrid era questão de tempo.
Ela veio aos 32, em cobrança de escanteio perfeita de Arda Güler: em boa movimentação, Tchouaméni subiu nas costas de Koundé e testou firme para dentro.
O Barça, então, partiu para cima em busca da igualdade, e ela quase veio aos 36, em lindo chute colocado de Lamine Yamal, que Courtois salvou com defesaça.
Mas o goleiro belga ficou vendido logo no lance seguinte: Ferran Torres recebeu de Yamal, tirou Rüdiger e Courtois da jogada e só rolou para o gol vazio.
Empate e loucura total em La Cartuja! Tudo podia acontecer!
O tempo foi passando e, quando parecia que a partida iria para a prorrogação, o árbitro marcou pênalti de Asencio em cima de Raphinha.
Mas o VAR chamou, e o juiz reconsiderou sua decisão, apontando simulação, dando cartão amarelo ao brasileiro e anulando a penalidade.
Prorrogação nervosa
O tempo extra foi marcado pelo nervosismo dos dois lados, que queriam evitar ao máximo tomar um gol.
O cansaço das duas equipes também era evidente, e os técnicos foram tendo que tirar estrelas como Pedri e Vinicius Jr. de campo.
A primeira boa chance da prorrogação só foi sair aos 13 do 1º tempo: Raphinha acionou Ferran Torres, que bateu cruzado e tirou tinta da trave.
Já a 2ª etapa começou com o Barcelona martelando logo no início: Fermín López arrancou para a área e tinha tudo para marcar, mas escorregou e chutou por cima.
Ancelotti reagiu na sequência: tirou o zagueiro Rüdiger e colocou Endrick, mais uma vez apostando no tudo-ou-nada.
E deu em nada…
Aos 10 minutos do 2º tempo, Modric errou passe, Koundé roubou perto da meia-lua e bateu no cantinho de Courtois, que não teve chance de defesa.
Barcelona campeão da Copa do Rei!