Capitão do penta com a seleção brasileira em 2002, Cafu é o convidado do Resenha ESPN, programa que vai ao ar nesta sexta-feira (2), às 22h (de Brasília), com transmissão no Disney+. Durante o programa, dentre inúmeros assuntos, o astro foi questionado sobre quem ele escolheria para ser o novo treinador do Brasil.

A seleção está sem treinador desde o dia 28 de março, quando a CBF optou pela saída de Dorival Júnior depois de uma goleada por 4 a 1 sofrida para a Argentina, em Buenos Aires, pelas eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo de 2026. Nos últimos dias, nomes como Carlo Ancelotti, Jorge Jesus e Abel Ferreira foram apontados como possíveis substitutos.

No entanto, Cafu tem dois brasileiros preferidos para o cargo e explicou as suas razões. “Ou Rogério Ceni ou Renato Gaúcho, para esse pouco tempo. Um dos dois eu deixaria suprindo essa função. Eu daria essa responsabilidade para um dos dois”, iniciou.

“Sabe por quê? Terminou-se a Copa do Mundo, decide: ‘Olha, vou dar sequência para esse treinador ou vou contratar outro treinador começar um trabalho que vai ter começo, meio e fim’. O problema hoje dos treinadores hoje na seleção brasileira é não ter programação, não tem esse planejamento, você não tem essa segurança de que eu vou começar um trabalho e vou terminar esse trabalho”.

“A gente tem que acabar com esse paradigma de que: ‘Treinador que começa treinando a seleção brasileira não vai para a Copa do Mundo’. Caramba, deixa o treinador trabalhar. Porque se você vier e der essa responsabilidade para o Ancelotti, para o Abel ou para o Jorge Jesus, que são treinadores competentíssimos, treinadores que ganharam tudo onde passaram, cara, dá para um treinador que já está aqui e manda ele implantar um esquema na seleção brasileira. Porque o que nós precisamos hoje na seleção brasileira, sem tempo para treinar e sem tempo para trabalhar é encaixar as peças no lugar certo”, explicou.

Apesar da consulta por vários nomes, a CBF segue dando preferência para Ancelotti, conforme noticiado pela ESPN na última quinta-feira (1° de maio). Durante a carreira como atleta, Cafu foi treinado pelo italiano e chegou até mesmo a se colocar à disposição do técnico para ajudá-lo caso ele seja o escolhido para o cargo.

No entanto, durante suas explicações, Cafu apontou um “problema” que poderia atrapalhar Ancelotti na vinda do comandante do Real Madrid ao Brasil.

“Tem que ser a realidade. A realidade nossa hoje é que não temos um treinador e precisamos de um treinador para a seleção brasileira. O Ancelotti poderia ser esse treinador? Poderia. Um treinador que de repente vai encaixar as peças no lugar certo. Mas ele vai encaixar as peças no lugar certo, no ponto certo, as peças que ele conhece. As peças que estão jogando com ele lá fora na Europa”.

“Caso ele venha a ser o treinador da seleção brasileira, se ele precisar do Cafu, o Cafu vai estar sempre à disposição, sem sombra de dúvidas. Só para finalizar a minha linha de raciocínio. O Ancelotti, eu não sei se ele está vendo os jogos do Campeonato Brasileiro”, explicou.

“Não sei se ele acorda de madrugada para ver, por exemplo, Flamengo x Corinthians, não sei se ele acorda de madrugada para ver São Paulo x Palmeiras… Eu não sei se ele está a par do que realmente está acontecendo no futebol brasileiro. Que nem eles falam: ‘Ah, mas o Ancelotti seria bom porque ele conhece os meninos que jogam na Europa’, mas e os meninos que jogam no Brasil? Os jogadores que estão aqui e se destacam?”, disse Cafu.

Por fim, o ex-seleção brasileira apontou a proximidade dos próximos compromissos do Brasil, que retorna a campo nos dias 4 e 9 de junho, contra Equador e Paraguai, respectivamente, e voltou a cobrar que haja uma definição rápida, de preferência, com a escolha de um técnico que esteja no futebol brasileiro.

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Ancelotti daria certo na seleção brasileira? Cafu é sincero: ‘É um grande nome, mas…’

Capitão do Penta foi o entrevistado do Resenha ESPN desta semana

“O problema nosso hoje, eu vou voltar a insistir, é definição. Nós temos que definir logo o nosso treinador, seja ele quem for, o Ancelotti, o Abel, Jorge Jesus, Renato Gaúcho, Rogério Ceni, Filipe Luís, Roger Machado, nós precisamos definir”.

“Vão faltar dois jogos das eliminatórias, cara. Vão faltar dois jogos das eliminatórias e menos de um ano para uma Copa do Mundo. Cara, se você vai dar essa responsabilidade para o Ancelotti, dá essa responsabilidade para um dos nossos”, finalizou.