Rossi está em casa no Paysandu. E não é apenas força de expressão. Nascido em Prainha, cidade a 550 km de Belém, o atacante rodou o mundo e defendeu mais de 14 clubes até realizar o sonho de infância aos 32 anos: vestir a camisa bicolor.

As atuações pelo Castanhal na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2009 chamaram a atenção de olheiros de Flamengo e Fluminense. Aos 15 anos, Rossi deixou o interior do Pará com destino ao Rio de Janeiro atrás do sonho de se tornar jogador profissional.

O início não foi fácil. Rossi não permaneceu nas Laranjeiras por questões disciplinares, mas não desistiu do sonho e foi para a Ponte Preta, onde se profissionalizou em 2012.

“Começo sempre difícil, se tratando de interior do Pará, complicado ficar longe dos pais, dos amigos, mas o sonho fala mais alto. E deu tudo certo. Hoje em dia, quando olho minha carreira, sinto muito feliz e abençoado”, destacou o atacante em entrevista exclusiva à ESPN.

Além da Macaca, Rossi passou por Mogi Mirim, Paraná, Operário, São Bento, Goiás, Chapecoense, Internacional, Vasco, Bahia, Shenzhen (China) e Al-Faisaly (Arábia Saudita). No Colorado, o atacante recebeu o apelido de “búfalo”, que faz questão de carregar até hoje.

“Torcida do Inter me deu esse apelido carinhoso de búfalo, porque sou do Pará, animal referência do nosso estado. Foi pela forma de jogar também e fiquei muito feliz com esse apelido”, comentou.

Em janeiro deste ano, Rossi foi anunciado como reforço do Paysandu. E precisou de apenas quatro meses para cair nas graças da torcida. São oito gols e seis assistências até aqui.

“Feliz, sempre foi um sonho jogar no meu clube do coração, o maior da Amazônia, vivo um sonho de menino. Espero levantar títulos e deixar um grande legado”, afirmou.

E Rossi é a aposta do Paysandu para conquistar a primeira vitória na Série B do Brasileirão neste sábado (3), contra o Volta Redonda, às 20h30 (de Brasília), no Estádio Raulino de Oliveira. A partida válida pela sexta rodada terá transmissão ao vivo no Disney+.