O Botafogo sofreu, mas venceu a primeira partida fora de casa sob o comando de Renato Paiva na noite desta quarta-feira (6) para acalmar o clima de tensão cercando o novo treinador botafoguense.
Em entrevista coletiva após a vitória por 2 a 1 na Venezuela, Paiva se defendeu da cobrança, afirmando que pediria para deixar o clube se a pressão estivesse lhe influenciando.
“Esse escudo te dá pressão todos os dias e futebol é isso: pressão, pressão e pressão. Se não ganha, e não é só no Brasil, vão te cobrar, é universal. Eu tenho que focar em fazer meu trabalho. Se a pressão influenciar no meu trabalho, não posso estar aqui, tenho que sair. Tenho que fazer meu trabalho consciente, consciente também quando os resultados não são bons”, disse.
“O exterior tem o direito de falar, de criticar, mas a minha preocupação é o interior, encontrar soluções nesses momentos mais difíceis e seguir trabalhando é a única coisa que posso fazer para sair desses momentos difíceis”, completou.
Na partida contra o Carabobo, Paiva disse não ter se assustado com as dificuldades que, de acordo com ele, já eram esperadas. Apesar disso, o treinador destacou a personalidade e a reação de seus atletas, além de ressaltar a necessidade de se conseguir ter mais tranquilidade para ampliar o placar quando o time estiver em vantagem.
“Como eu esperava… Um jogo difícil. Mas conseguimos controlar bem o adversário e depois o mesmo problema de sempre, não amplia (o placar). Destaco a personalidade, a reação e o caráter dos jogadores que foram atrás de uma vitória importante. Em função dos resultados anteriores que tivemos, era fundamental ganhar aqui”, avaliou.
“Conseguimos, mesmo com baixas de jogadores. Uma resposta muito positiva de quem veio do banco. Uma boa vitória da nossa parte até pelo momento instável que nós passamos. Nossa preocupação nesse momento é ganhar e somar pontos”, acrescentou.
Paiva ainda destacou as dificuldades de se preparar para o duelo fora de casa, ressaltando que o time viajou direto do jogo do Bahia para a Venezuela.
“É importante ver a realidade. A gente vinha de uma partida muito difícil contra o Bahia, uma viagem que nem fomos para casa, não tivemos alguns jogadores por lesão e suspensão. Tive que preparar as duas partidas ao mesmo tempo. Eu gostaria de colocar algumas peças contra o Bahia, mas precisava ter peças frescas aqui”, afirmou.
“O calendário brasileiro, com jogos a cada três dias, tem que planificar duas partidas. Tenho que encontrar soluções e por isso estou aqui. Acredito que ter jogadores frescos aqui foi muito importante”, finalizou.