O Vasco da Gama sofreu uma dura goleada por 4 a 1 para o Puerto Cabello, da Venezuela, na noite da última quarta-feira (7), em compromisso pela fase de grupos da CONMEBOL Sul-Americana. Com o revés, o time comandado pelo técnico Felipe ainda é o 2° colocado da chave, com cinco pontos.
Durante o F360 desta quinta-feira (8), Breiller Pires, comentarista dos canais Disney, fez questão de ressaltar o “abismo econômico” entre Vasco e Puerto Cabello, ressaltando que a equipe carioca “deu um dos maiores vexames de sua história” ao ser goleado na Venezuela.
“Sabe qual é a folha salarial do Puerto Cabello? Por mês, o Puerto Cabello gasta com jogadores e comissão técnica menos de 2 milhões de reais. Cerca de 1 milhão e meio de reais por mês. O salário do Payet ou do Coutinho paga a folha salarial do Puerto Cabello”, iniciou.
“Isso dá a dimensão do abismo econômico entre as equipes e até mesmo de elenco. O Vasco, com as suas fragilidades, tinha obrigação de no mínimo, no mínimo, fazer um jogo de igual para igual com o Puerto Cabello, e não”.
“Deu um dos maiores vexames da sua história e um dos maiores vexames da história de clubes brasileiros em competições sul-americanas, se não for o maior”, destacou Breiller, que ainda fez questão de relembrar outras derrotas improváveis de brasileiros em torneios continentais.
“Porque, a gente já viu eliminações traumáticas de clubes brasileiros na Libertadores, o Flamengo para o América do México, o Cruzeiro para o Once Caldas”, disse Breiller, que fez questão de explicar por que o feito negativo do Vasco é pior do o que o de outros times.
“O Melgar eliminou o Inter, também nos pênaltis, mas olha a diferença, Abel. Nesse caso, o Vasco poupou jogadores, chegou com o time inteiro, priorizando a Sul-Americana e ainda assim tomou uma pancada do Puerto Cabello. Com uma diferença enorme de folha salarial, de realidades, não é aceitável isso. Em nenhum contexto”, explicou.
Breiller voltou a bater na tecla da palavra “vexame” durante sua análise sobre o momento do Vasco e fez questão de ressaltar que a goleada sofrida para o Puerto Cabello está na conta da “Era SAF” vivida pela instituição.
O comentarista ainda criticou o presidente Pedrinho e usou de exemplo a relação do presidente com o técnico Felipe para exemplificar o “amadorismo”, segundo Breiller, que tem dominado o Vasco.
“E aí a gente vai ‘descascar’ esse vexame, porque é isso. Não gosto muito dessa palavra, de ficar batendo em vergonha, mas nesse caso aí não tem como relativizar, não tem como passar pano. Foi o que aconteceu de fato com o Vasco”.
“E esse vexame está na conta da Vasco SAF. Porque o Vasco continua sendo SAF, Abel, mas agora não é Sociedade Anônima de Futebol, agora é ‘Sociedade dos Amigos do Felipe’. Porque hoje o Vasco é gerido, não é com profissionalismo, é de forma amadora e na base da camaradagem, na base da irmandade”, destacou.
“No Vasco, hoje não existe cobrança profissional. Porque se existisse cobrança profissional, primeiro, o Felipe não seria nem o técnico. Pela relação de amizade que ele tem com o Pedrinho, isso já inviabiliza qualquer tipo de cobrança”, disse Breiller, que fez questão de relembrar a fala do técnico Felipe a respeito do zagueiro Capasso após empate do Vasco com o Operário por 1 a 1 na Copa do Brasil.
“O Felipe deu uma declaração que é bizarra, expondo o Capasso, jogador do Vasco, que ainda tem contrato, dizendo que se fosse bom zagueiro não seria dispensado do clube, sendo que ele ainda tem vínculo com o clube, e não aconteceu nada. Ninguém cobrou, não teve reprimenda, não teve nada”.
“O Felipe como treinador nunca teve condições de dirigir o Vasco. O que ele fez como técnico para ganhar o posto de treinador do Vasco?”, finalizou.
Somando todas as competições que estão em disputa, o Vasco não vence há sete partidas. A última vez que o time saiu de campo com os três pontos foi no dia 12 de abril, diante do Sport, em São Januário, em vitória por 3 a 1, pelo Campeonato Brasileiro.
O Cruzmaltino volta a campo neste sábado (10), às 18h30, diante do Vitória, fora de casa.
