Técnico do Al Ahly compara Estêvão a Messi antes de pegar Palmeiras

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (18), o técnico do Al Ahly, José Riveiro, fez muitos elogios ao Palmeiras, adversário desta quinta-feira (19), às 13h (de Brasília), pela 2ª rodada do grupo A do Mundial de Clubes da Fifa.

O espanhol se disse “ansioso” pela partida, mas destacou as muitas qualidades do rival com quem irá medir forças no MetLife Stadium.

“O Palmeiras é um time top. Antes de tudo, é muito bem treinado, com uma comissão técnica que está lá há muito tempo, e você pode ver as consequências disso. Eles têm muitos jogadores de qualidade, uma boa estrutura tática, jogam juntos muitas vezes por ano e estão acostumados a esse tipo de grandes torneios”, destacou.

“Será um jogo muito difícil, mas temos a intenção de dificultar as coisas para eles. Estamos ansiosos para que chegue a hora da partida”, completou.

Para Riveiro, o principal diferencial do Verdão é a longevidade da comissão técnica, o que permite à equipe variar muito as jogadas, além de saber como controlar seus oponentes em várias situações diferentes de jogo.

“Creio que eles [Palmeiras] já estão acima das 350 partidas juntos com o mesmo treinador e a mesma comissão. Isso faz com que a gente enfrente uma equipe que sabe muito bem como responder a qualquer situação, porque eles já passaram por tudo juntos. Creio que essa é a principal fortaleza deles”, argumentou.

“É uma equipe que é capaz de se adaptar muito rápido a qualquer situação, como vimos no outro dia contra o Porto, em que houve um grande duelo tático com o Martín Anselmi, outro grande treinador. O Palmeiras é um time que a gente já viu fazendo muitas coisas diferentes”, salientou.

“Além disso, o Palmeiras faz as coisas com muita determinação. É muito agressivo na fase defensiva, e também é capaz de pressionar alto durante muito tempo nas partidas. Fazem isso com muita coragem, organização e determinação”, elogiou.

“É muito difícil jogar bem contra o Palmeiras, é muito difícil estar cômodo em campo contra eles. É um time que, através de diferentes estruturas de jogo, é capaz de gerar muitas vantagens para progredir em campo. Quando eles encontram as jogadas, são uma equipe muito vertical e que chega muito rápido, além de poderem causar dano em jogadas pelas laterais, porque possuem ótimos cruzadores de bolas e chegam com muita gente na área”, descreveu.

“Outro ponto de destaque é que eles têm ótimos meio-campistas, além da ótima participação do Estêvão, que é um jogador diferencial. Eles têm muitas coisas, mas, sobretudo, destaco tudo o que já passaram juntos em várias partidas. Por isso, são capazes de se adaptar e reagir, mesmo sem quase conversar, a tudo o que acontece no jogo. Isso torna o Palmeiras um rival complicadíssimo”, acrescentou.

Falando mais sobre Estêvão, Riveiro comparou o jovem astro palestrino a ninguém menos que Lionel Messi, que o Al Ahly enfrentou no jogo de estreia do Mundial.

O treinador do clube egípcio, inclusive, disse que vai tentar uma marcação similar à que fez no argentino no empate por 0 a 0 com o Inter Miami.

“Creio que, com Estêvão, será similar ao que vivemos contra o Inter Miami, que tinham jogadores que te obrigam a ter que se defender muitas vezes em situações de superioridade, evitando os duelos um-contra-um. Temos que evitar situações em que ele consiga girar. O objetivo é tentar mantê-lo o maior tempo possível de costas. Quanto mais tempo você o obrigar a jogar olhando para trás, e não encontrando o tipo de jogo que ele gosta, para nós é muito melhor”, observou.

“Quando a gente fala de se defender, trata-se de fazer seu rival jogar pior do que ele tem capacidade de jogar, tanto individualmente quanto coletivamente. Às vezes, com tipos de jogadores como o Estêvão, é igual ao que vivemos na semana passada com o Messi, pois também se trata de tentar cortar as vias em que eles geralmente conseguem receber a bola em boa situação”, explicou.

“Temos que tentar defender esse tipo de ações antes que ele [Estêvão] receba a bola, para que ele não fique cômodo e para que ele tenha que ir jogar em espaços que ele não gosta de jogar, aonde ele não consegue render tão bem. No final das contas, é assim que é possível tentar se defender contra esses jogadores diferenciados, porque, quanto menos eles participarem do campo no dia, melhor para você”, afirmou.

“Mas, às vezes, isso é insuficiente, porque simplesmente com uma intervenção eles podem mudar a partida. Muitas vezes parece que eles não estão jogando, até que eles aparecem e mudam tudo. Estêvão é um garoto jovem, com muito talento e um futuro brilhante, mas tomara que amanhã a gente possa fazer com que ele não viva sua melhor partida”, encerrou.

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