Para quem esperava uma classificação fácil do Manchester City sobre o Al Hilal pelas oitavas de final do Mundial de Clubes, se equivocou completamente. Todos assistiram ao melhor jogo até agora da competição em Orlando, no Camping World Stadium.
E com um resultado histórico: 4 a 3 para o clube árabe na prorrogação, desbancando um dos favoritos ao título!
Uma partida maluca, que encantou não só aos 42.311 torcedores presentes ao estádio na Flórida. Mesmo com propósitos bem distintos, Al Hilal e Man City tiveram seus momentos, e o herói da vitória para os livros será Marcos Leonardo.
O brasileiro fez o primeiro e o último gols do time de Simone Inzaghi, garantindo a classificação no segundo tempo da prorrogação.
Agora, o desafio do Al Hilal será o Fluminense, que surpreendeu também ao eliminar a Inter de Milão, nas quartas de final. O jogo será na próxima sexta, novamente no Camping World Stadium, às 15h no horário de Orlando, 16h de Brasília.
O jogo começou com os Citizens tomando conta das ações e abrindo o placar logo aos 9 minutos em lance polêmico: jogada pela esquerda entre Reinjders e At-Nouri, o lateral avança e cruza, a bola bate e rebate até parar no pé de Bernardo Silva. 1 a 0.
No entanto, At-Nouri leva a redonda com o braço direito, que estava colado ao corpo, e o lance foi mostrado no telão. A fanática torcida do Al Hilal vaiou, e os jogadores do time árabe se revoltaram, pedindo ao árbitro Jesús Valenzuela que visse o lance no VAR. Nada feito.
O destaque, a partir daí, foi o goleiro Bono, que impediu o City de ampliar em defesas incríveis contra Savinho e Gundogan.
A volta do intervalo trouxe, então, emoções para todos os lados.
Antes do primeiro minuto, em jogada pela esquerda de Malcom, bate-rebate na área do City, Marcos Leonardo ganha de cabeça e empata.
Cinco minutos depois, Cancelo dá passe espetacular de trivela para Malcom, que parte livre de antes do meio-campo até a grande área rival e toca na saída de Ederson, virada relâmpago!
Guardiola faz logo três alterações – saem Matheus Nunes, Gvardiol e Gundogan; entram Aké, Akanji e Rodri -, e os ingleses conseguem o empate pouco depois: cobrança de escanteio de Bernardo Silva, novo bate-rebate, e Haaland marca de dentro da pequena área.
O placar poderia ter sido novamente alterado aos 11 minutos, quando um pênalti em Malcom foi assinalado, mas o brasileiro estava impedido por poucos centímetros no lançamento.
Depois dessa loucura, o jogo ficou um pouco morno, até o time de Guardiola voltar a pressionar no final e quase marcar com Haaland, em bola que bateu na trave, mas Ali Lajami salvou em cima da linha.
A partida foi para a prorrogação, com o City colocando Cherki e Marmoush nos lugares de Reijnders e Haaland. O Al Hilal, com os jogadores bem cansados, manteve a postura de jogar na defesa e apostar no contra-ataque.
Em uma bola que Renan Lodi consegue o escanteio, sai o gol de um jogador que fazia uma partida impecável: Ruben Neves cobra na cabeça de Koulibaly. 3 a 2 para o Al Hilal, para delírio da torcida.
Guardiola, então, lançou sua última cartada: Phil Foden. Em quatro minutos, o inglês recebeu lançamento na medida de Cherki para empatar novamente, 3 a 3 no Camping World Stadium.
O segundo tempo da prorrogação trouxe novas surpresas. Afinal, aos 7 minutos, Renan Lodi cruzou da esquerda, Milinkovic-Savic cabeceou para defesa de Ederson, mas no rebote Marcos Leonardo recolocou o Al Hilal em vantagem. Loucura em Orlando!
Onde assistir ao Mundial de Clubes?
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