Neste sábado (5), PSG e Bayern de Munique se enfrentam às 13h (de Brasília), no Mercedes-Benz Stadium, em Atlanta, pelas quartas do Mundial de Clubes. A partida, que é uma das mais aguardadas do torneio, terá transmissão ao vivo pela CazéTV, disponível sem custo adicional no Disney+.
O entorno do ultramoderno palco do jogo é marcado por contrastes na capital do Estado da Geórgia.
O estádio em si é, disparado, o mais caro da competição, tendo custado perto dos US$ 2 bilhões (R$ 10,6 bilhões) – somando as obras da própria arena e de algumas construções do entorno.
Ele se destaca por ser 100% coberto (o teto abre e fecha em apenas oito minutos) e climatizado (algo sempre exaltado por atletas e treinadores), com instalações de primeiro mundo (destaque para impressionante telão 360º) e um valioso acordo de naming rights com a montadora alemã, que tem seu braço norte-americano sediado em Atlanta.
No entanto, a menos de 2km do Mercedes-Benz Stadium, está o centro da cidade, que, nos últimos anos, vem convivendo com um triste aumento no número de moradores de rua e pessoas em situação de vulnerabilidade.
Nos últimos dias, a reportagem da ESPN esteve em várias ocasiões na área de Downtown Atlanta e viu in loco o problema que está se tornando cada vez mais preocupante na capital da Geórgia, uma cidade de pouco mais de 520 mil habitantes.
De acordo com dados da fundação Partners for HOME, que cuida de pessoas desabrigadas, Atlanta tinha, no final de 2024, 2.867 pessoas sem habitação, sendo a 25ª cidade dos Estados Unidos com mais moradores de rua. O crescimento em relação a 2023 foi de 7%, segundo a organização.
Outros números assombrosos mostram que 35% dos moradores de rua têm mais de 55 anos, enquanto 48% possuem doenças mentais graves e 40% lidam com abuso de substâncias.
Dos 2.867 moradores de rua, 1.827 têm acesso a abrigos temporários, enquanto 1.040 estão em situação de total vulnerabilidade, dormindo em parques públicos, como o Woodruff Park, em marquises da rua Marietta, uma das principais do centro, e debaixo de pontes e viadutos.
Com as altas temperaturas do verão norte-americano, eles também vagam por áreas como o Centennial Olympic Park, que foi construído para os Jogos Olímpicos de 1996 e possui várias fontes e chafarizes, que são usados para aplacar o calor.
A situação escalonou tanto nos últimos anos que a prefeitura da cidade instalou em vários semáforos de Downtown Atlanta placas proibindo moradores de rua de pedirem dinheiro para motoristas e pedestres. Veja na foto abaixo um exemplo:
É claro que a situação de Atlanta parece “tranquila” quando é feita uma comparação com Nova York, cidade mais populosa dos Estados Unidos, que tem mais de 140 mil moradores de rua.
No entanto, vale lembrar que a capital da Geórgia tem pouco mais de 500 mil habitantes, enquanto a “Big Apple” tem 8,26 milhões.
Cabe ainda ressaltar que, apesar do agravamento de sua crise habitacional nos últimos anos, Atlanta segue sendo considerada uma cidade pujante no campo dos negócios, com a riqueza concentrada em seus subúrbios.
A cidade tem um dos aeroportos mais importantes dos Estados Unidos e é sede de empresas gigantescas, como Cola-Cola, The Home Depot, UPS, Delta Airlines e Mercedes-Benz, entre muitas outras.
Segundo dados do Governo dos Estados Unidos, a taxa de desemprego na região metropolitana, que compreende as cidades de Atlanta, Sandy Springs e Roswell, é de 3,3%, menor que a taxa geral do país, que é de 4% – os números são de maio de 2025.
E é nos subúrbios que vive a população mais rica da cidade, incluindo os atletas das várias franquias de Atlanta, como os Falcons, da NFL, os Hawks, da NBA, e o United, da MLS.
Onde assistir ao Mundial de Clubes?
O Mundial de Clubes tem transmissão ao vivo pela CazéTV, disponível sem custo adicional no Disney+