Florentino Pérez, o todo poderoso presidente do Real Madrid, é um visionário.
Enquanto a imensa maioria do futebol europeu, incluindo cartolas, treinadores, jogadores, jornalistas e torcedores, só jogaram, e jogam, pedras no Mundial de Clubes, o comandante do maior clube do mundo foi seu defensor desde o início.
“Enfim conseguimos algo pelo qual estávamos lutando há muito tempo. Fui um dos que mais lutaram para tornar isso realidade”, disse Pérez antes da estreia do seu time na competição.
E percebeu algo que muitos de seus colegas europeus não são capazes de enxergar.
“O esporte mais global do mundo é o futebol e temos que agradecer à tecnologia por ter nos ajudado a realizar esta bela competição. O fato de também ser gratuito significa que crianças do mundo todo agora podem assistir ao Real Madrid”, falou o dirigente sobre o fato que os jogos do Mundial foram transmitidos gratuitamente em uma plataforma de streaming no mundo todo.
O Real Madrid, depois de despachar o Borussia Dortmund, está nas semifinais do Mundial, quando irá enfrentar o PSG, o atual campeão europeu.
A equipe espanhola pode até ser campeã. Ou mesmo levar uma sova do hoje melhor PSG. E eventualmente perder uma decisão apra o Fluminense.
Mas isso não vai mudar que o clube de Florentino já é o grande vencedor do Mundial.
Em um campeonato recheado de estádios com lugares vazios, incluindo em jogos de outros gigante europeus, as 5 partidas do Real Madrid tiveram média de quase 70 mil torcedores.
Contra o Dortmund, na região de Nova York, foram 76.611 espectadores.
E não são torcedores espanhóis que cruzaram o Atlântico gastando milhares de dólares.
São latinos-americanos, asiáticos, outros europeus, milhares de americanos que estavam nas arquibancadas vestido camisas, quase sempre oficiais, do clube.
O Real Madrid, maior clube do planeta, tratou o Mundial como prioridade. Virou aliado da Fifa na sua promoção.
Pode colher o título.
Mas já levou para casa o respeito de seus fãs por não tratar o Mundial como um estraga férias, e vai conquistar milhões de novos torcedores.
Crianças, como disse Florentino. A maioria pobre.
Mas que vão tornar o Real Madrid ainda maior. E, no fim do dia, isso significa muito mais dinheiro.